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Internacional
Quarta - 01 de Junho de 2011 às 14:12

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Uma missa especial é celebrada na manhã desta quarta-feira na igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, no Rio de Janeiro, em memória às vítimas do voo AF 447, da Air France, cuja queda no Atlântico, que deixou mortos todas as 228 pessoas a bordo, completou dois anos na terça-feira. "É como se tocasse na ferida outra vez", disse Ester van Sluijs, mãe da vítima Adriana Francisca van Sluijs, então com 40 anos, ao se referir às descobertas recentes sobre o conteúdo das caixas pretas do avião. "A dor da saudade é eterna", completou.

O corpo de Adriana foi localizado e enterrado em 2009, mas Ester diz que "sente" pelos familiares das vítimas cujos corpos ainda não foram retirados do mar. Ela também se considera apoiada pela Air France e diz que o pai de Adriana, que sofria de câncer à época do acidente e morreu pouco depois, foi indenizado pela empresa em função de sua condição. Sharon van Sluijs, irmã de Adriana, diz que segue acompanhando de perto o que é noticiado e descoberto. "É importante saber como aconteceu, mesmo que seja muito doloroso e reabra a ferida", disse.

A maioria dos familiares chegou à missa em dois ônibus locados pela Air France e entraram na igreja sem falar com a imprensa. A cerimônia, que iniciou às 11h, é fechada. "Foi um pedido das famílias, em respeito à oração e à espiritualidade, afirmou o padre Omar Raposo, que celebra a missa. Depois da cerimônia, os parentes vão depositar flores no memorial do Parque Penhasco Dois Irmãos, no Leblon. Um evento paralelo ocorre no cemitério Père-Lachaise, em Ipari, onde há outro memorial às vítimas.

O acidente do AF 447
O voo AF 447 da Air France saiu do Rio de Janeiro com 228 pessoas a bordo no dia 31 de maio de 2009, às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília). Às 22h33 (horário de Brasília) o voo fez o último contato via rádio. A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). Depois disso, não houve mais qualquer tipo de contato e o avião desapareceu em meio ao oceano.

Os primeiros fragmentos dos destroços foram encontrados cerca de uma semana depois pelas equipes de busca do País. Naquela ocasião, foram resgatados apenas 50 corpos, sendo 20 deles de brasileiros. As caixas-pretas da aeronave só foram achadas em maio de 2011, em uma nova fase de buscas coordenada pelo Escritório de Investigações e Análises (BEA) da França, que localizou a 3,9 mil m no fundo do mar a maior parte da fuselagem do Airbus e corpos de passageiros em quantidade não informada.

Após o acidente, dados preliminares das investigações indicaram um congelamento das sondas Pitot, responsáveis pela medição da velocidade da aeronave, como principal hipótese para a causa do acidente. No final de maio de 2011, um relatório do BEA confirmou que os pilotos tiveram de lidar com indicações de velocidades incoerentes no painel da aeronave. Especialistas acreditam que a pane pode ter sido mal interpretada pelo sistema do Airbus e pela tripulação. O avião despencou a uma velocidade de 200 km/h, em uma queda que durou três minutos e meio. Em julho de 2009, a fabricante anunciou que recomendou às companhias aéreas que trocassem pelo menos dois dos três sensores - até então feitos pela francesa Thales - por equipamentos fabricados pela americana Goodrich. Na época da troca, a Thales não quis se manifestar.





Fonte: Terra

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