Familiares do zagueiro corinthiano Leandro Castán e do jogador Leonardo Miguel Calixto Pessuto, 20 anos, ferido por um disparo acidental feito por Castán, estão unidos para acompanhar a recuperação do jovem. Ele foi atingido no início da noite de segunda-feira em Jaú (a 299 km de São Paulo). O pai dele, Marcelo Silva, acredita que ele vai se salvar. "Vamos orar a Deus pela recuperação do menino, só nos resta orar", afirmou ele.
Leonardo também é jogador de futebol e se apresentaria hoje a um clube paulista para tentar a sorte como profissional. No início da noite de ontem, reunidos na propriedade de Castán com amigos e familiares, os dois manuseavam um espingarda calibre 4,5 mm quando um disparo atingiu o tórax de Leonardo e o chumbinho atingiu o seu pulmão esquerdo.
Castán prestou os primeiros socorros ao colega de infância e o levou ao pronto socorro da Santa Casa de Jaú. Em seguida, se apresentou ao plantão da Polícia Civil e prestou todos os esclarecimentos. "Foi uma fatalidade. Ele contou que o amigo queria atirar com a espingarda e carregar e entregar para o colega quando o disparo aconteceu", afirmou o delegado Edmilson Bataier, que acompanha o caso.
O rapaz segue internado em estado grave e passou por uma cirurgia pela manhã para conter uma hemorragia no pulmão. O chumbinho foi retirado e um boletim médico sobre o seu estado de saúde deverá ser divulgado ainda nesta terça-feira. Castán se reapresentou ao Corinthians hoje, mas a todo o momento conversou com o pai pelo telefone em busca de notícias.
Ele deverá responder por lesão corporal culposa (quando não há intenção de matar). A arma foi apreendida pela polícia e será periciada. De acordo com o delegado Bataier, ao contrário do que se comenta, não é necessário porte de arma para ter uma espingarda de pressão em casa. "Você só não pode andar com ela pela rua, mas sendo maior de idade e tendo lucidez, pode estar com um arma dessas em casa tranquilamente", explicou ele.
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