Assinado pelo presidente da organização inglesa, David Bernstein, o comunicado afirma que a FA vai se abster de votar nas eleições e pede que seja indicado um comitê externo para investigar as alegações de corrupção na entidade.
"Os eventos dos últimos dias reforçaram a nossa visão, e pedimos à Fifa e a outras associações nacionais de futebol que nos apóiem em duas iniciativas", diz o comunicado.
"A primeira, adiar as eleições e dar credibilidade ao processo, de forma que qualquer candidato alternativo tenha a oportunidade de postular à Presidência. A segunda, apontar um órgão externo genuinamente independente para fazer recomendações em relação à melhoria da governança, procedimentos e processos de tomada de decisão para serem considerados por todos os membros."
O atual presidente da Fifa, o suíço Joseph ""Sepp"" Blatter, concorre sozinho a um quarto mandato, depois da suspensão do único rival na disputa, o catariano Mohamed Bin Hammam, que responde a acusações de corrupção no comitê de ética da entidade.
David Bernstein disse que a FA está "preocupada com a falta de transparência e prestação de contas dentro da organização, contribuindo para a atual situação de insatisfação".
"Estes são tempos muito ruins para a reputação da Fifa e, portanto, para o conjunto do futebol."
Patrocinadores
Na terça-feira, as empresas patrocinadoras dos eventos da Fifa expressaram preocupação com os danos de imagem provocados pelas acusações de corrupção na organização que controla o futebol mundial.
A Coca-Cola e a Adidas, dois dos principais nomes, manifestaram publicamente o descontentamento com o escândalo em curso na entidade. Outros patrocinadores, como Visa e Emirates, têm procurado se manter à distância da polêmica.
"A tendência negativa do debate público sobre a Fifa neste momento não é boa nem para o futebol nem para a Fifa e seus parceiros", afirmou a Adidas em um comunicado.
A Coca-Cola, por sua vez, afirmou por meio de seu porta-voz que "as acusações sendo levantadas atualmente são preocupantes e ruins para o esporte".
Em entrevista aos jornalistas, porém, Sepp Blatter, negou que a Fifa esteja em crise e disse que o esporte atravessa apenas "certas dificuldades".
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