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Nacional
Segunda - 30 de Maio de 2011 às 20:38

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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou que a instituição vai diminuir gradualmente sua participação no crédito para investimentos. Ao discursar no Rio Investors Day, evento para atração de investidores que ocorre no Copacabana Palace, Coutinho reafirmou a intenção de estimular o mercado privado no setor.

 

 

 

"O BNDES atuou de maneira contra-cíclica em um período muito crítico para a economia brasileira, quando o sistema internacional de crédito praticamente parou. Durante praticamente 15 meses o crédito de fonte privada ficou estabilizado. O BNDES contribuiu de forma muito relevante para suprir o crédito e evitar uma recessão profunda e mais duradoura", afirmou. De acordo com Coutinho, o BNDES ainda é fundamental para o estímulo e sustentação do crescimento do País, principalmente nos investimentos destinados à infra-estrutura. Coutinho também vê a diminuição gradativa de crédito como uma forma de combater a inflação.

 

 

 

"Nesses primeiros quatro meses de 2011 já tivemos uma pequena redução. Essa é uma política deliberada", afirmou. Segundo ele, a redução da participação do BNDES visa a retomada do mercado de capitais. "Eu vejo com grande otimismo o desenvolvimento do mercado privado de financiamento de longo prazo, o que permitirá que o BNDES possa compartilhar uma parcela crescente dos investimentos de longo prazo. ", afirmou.

 

 

 

O presidente do BNDES afirmou ainda que acredita em uma estabilização da inflação, com convergência para a meta estabelecida pelo Banco Central. A partir daí, Coutinho acredita que a redução da taxa Selic será retomada. Segundo ele, o desenvolvimento vigoroso de um mercado privado de investimentos a longo prazo é um grande passo para o desenvolvimento da economia brasileira. "Talvez esse seja o último estágio no nosso processo de estabilização", afirmou.

 

 

 

"A expectativa para o desembolso do BNDES é manter o volume mais ou menos estável, deduzindo o volume utilizado na operação de capitalização da Petrobras em 2010. Deve ficar em 145 bilhões. Se tivéssemos mantido todas as regras vigentes em 2010, nossos desembolsos estariam chegando perto de R$ 170 bilhões e não de R$ 145 bilhões. Então estamos deliberadamente criando espaços ao reduzir a cobertura que o banco oferece em várias linhas de financiamento", afirmou.

 

 

 

De acordo com Coutinho, as linhas de crédito onde o BNDES está cortando participação são aquelas em que há certeza que o mercado privado será capaz de suprir a demanda. "São coberturas que chegavam em alguns casos a 90% foram reduzidas, obviamente feito de maneira seletiva com o objetivo de preservar os investimentos prioritários em infraestrutura, que têm longo prazo de duração, onde o mercado não vai atuar de maneira volumosa em um primeiro momento. Nós temos feito isso de forma cuidadosa. Mas o fato é que abrimos espaço para o desenvolvimento e para a criação de crédito do setor privado", afirmou.




Fonte: Terra

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