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Internacional
Segunda - 30 de Maio de 2011 às 16:13

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Por iniciativa do presidente Valdis Zatlers, a Letônia convocou nesta segunda-feira um plebiscito para 23 de julho para decidir se dissolve ou não o Seima (Legislativo), salpicado nas últimas semanas por várias denúncias de corrupção.

Como detalha a comissão eleitoral central, na cédula será feita aos letãos a seguinte pergunta: "O senhor é a favor da dissolução do Seima?", publica a agência "Baltic News Service".

A vitória na consulta popular, que será considerada válida independentemente do número de participantes, corresponderá à resposta (a favor ou contra) que receber mais votos.

Se os letãos apoiarem o "sim" a dissolução parlamentar, a Constituição exige eleições no prazo de dois meses, mas se o vencedor for o "não", o presidente deverá apresentar sua renúncia irrevogável.

Zatlers iniciou no sábado o processo de dissolução do Parlamento letão por considerar que este traiu a confiança depositada pelos eleitores no pleito parlamentar de outubro.

A gota d""água foi a recusa do Parlamento em colaborar com o departamento de luta contra a corrupção que pediu autorização para registrar o domicílio do deputado e magnata, Ainars Slesers, suspeito de corrupção.

"O principal objetivo era desfazer-se daqueles políticos causadores da desconfiança do povo. Isto não ocorreu. O Seima não respeita a Justiça. Infelizmente, não é a primeira vez", assinalou Zatlers.

Conforme o líder letão, o "Seima sente-se bem em uma atmosfera de mentira" e um Parlamento que permite aos oligarcas roubarem comodamente não merece a confiança do povo que acaba de superar uma profunda crise econômica na qual o desemprego alcançou 20%.

Pelas pesquisas recentes, os letãos apoiarão a dissolução do Parlamento proposta pelo presidente pela primeira vez desde a independência da União Soviética, em 1991.

Zatlers, cujo primeiro mandato de quatro anos está prestes a concluir, reconheceu que ao convocar o plebiscito poderia arruinar suas opções de reeleição em 2 de junho pelo Parlamento.

Apesar da convocação da consulta sobre sua dissolução, o legislativo tem a intenção de continuar com seus planos de eleger um novo presidente, ao que também concorre o ex-primeiro-ministro, Andris Berzins.





Fonte: EFE

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