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Internacional
Segunda - 30 de Maio de 2011 às 11:43

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Forças de segurança do Iêmen mataram a tiros 20 manifestantes contrários ao governo na cidade de Taiz, no sul do país, segundo fontes médicas e manifestantes.

Soldados leais ao governo entraram na cidade nesta segunda-feira para desmobilizar um protesto que já dura quatro meses, com manifestantes acampados na Praça da Liberdade.

O presidente Ali Abdullah Saleh se recusa a deixar o poder, apesar de meses de protestos e da forte oposição de uma das principais tribos do país.

Taiz é uma das principais cidades do Iêmen, onde manifestantes --inspirados por revoltas populares em Tunísia e Egito-- decidiram ocupar a praça.

Também nesta segunda-feira, a Força Aérea do Iêmen bombardeou a cidade de Zinjibar, no sul, afirmando que o alvo eram integrantes da rede Al Qaeda.

CHOQUES EM TAIZ

Um médico de Taiz, Abdulkadir al Gunaid, disse à BBC que forças de segurança estão removendo todos os vestígios dos protestos na Praça da Liberdade.

"Eles atacaram, atiraram nas pessoas, queimaram suas barracas. A praça tem um palco grande para peças, shows e discursos, com alto-falantes, este tipo de coisa. Eles mataram os manifestantes e às 3h (horário local), trouxeram retroescavadeiras para destruir o local. Não há mais nada lá", disse Gunaid.

Outra fonte médica disse que algumas das pessoas feridas tinham sido atropeladas por retroescavadeiras.

A coalizão de oposição Fórum Comum condenou "os crimes contra a humanidade" cometidos pelas "forças militares restantes, forças de segurança e milícias armadas" do presidente Saleh.

O grupo advertiu o líder iemenita de que ele seria "responsabilizado pessoalmente por crimes contínuos contra o povo".

BOMBARDEIOS EM ZINJIBAR

Em Zinjibar, testemunhas disseram que jatos da Força Aérea bombardearam alvos de radicais islâmicos na periferia da cidade, nesta segunda-feira.
A emissora Al Jazeera afirmou que moradores estavam fugindo da cidade rumo a Aden.

O governo afirma que a cidade foi capturada há dias por homens armados do grupo Al Qaeda na Península Árabe, e que forças leais ao presidente Saleh estariam tentando retomar o controle do local.

Há, entretanto, relatos conflitantes sobre quem são os homens armados. O governo atribuiu ataques no sul do Iêmen à Al Qaeda em ocasiões anteriores, mas a oposição do país diz que
Saleh está tentando angariar apoio a seu governo, tentando unir a população contra a Al Qaeda.






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