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Internacional
Domingo - 29 de Maio de 2011 às 19:06

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Um ministro do governo de centro-direita do presidente francês, Nicolas Sarkozy, renunciou neste domingo depois de ser acusado de cometer assédio sexual contra duas mulheres, informou o governo.

Uma das supostas vítimas de Georges Tron disse que foi incentivada a se manifestar depois da detenção do francês Dominique Strauss-Kahn, chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), há duas semanas, sob acusações de tentativa de estupro contra uma camareira de hotel na cidade de Nova York.

Promotores franceses abriram um inquérito para as acusações contra Tron, ministro encarregado do serviço público do governo.

"O sr. Georges Tron... informou hoje ao primeiro-ministro, François Fillon, sobre sua renúncia do governo," disse o gabinete do premiê emcomunicado.

"O primeiro-ministro, junto com o presidente da República, reconhece a decisão, que não prejudica de forma alguma as próximas medidas que o sistema judicial tomará com relação às reclamações feitas contra Georges Tron, cuja legitimidade ele contesta," disse o comunicado.

O ministro do Orçamento e porta-voz do governo, François Baroin, assumirá as responsabilidades de Tron, informou uma fonte do gabinete presidencial.

Tron disse que as acusações eram "inacreditáveis" e que as duas mulheres foram demitidas de seus cargos na prefeitura municipal de Draveil, no sul de Paris, quando ele era prefeito.

O advogado de Tron, Oliver Schnerb, foi instruído a apresentar uma queixa de defamação em resposta às acusações.

No sábado, Tron disse ao jornal Le Parisien que a decisão de renunciar era válida. "Não quero me tornar um constrangimento," afirmou.

Mais tarde no sábado, seu advogado havia dito que ele não pretendia renunciar, mas acrescentou: "Se o presidente da República ou o primeiro-ministro mostrarem qualquer desejo por sua saída do governo, ele irá renunciar imediatamente."

Strauss-Kahn, que estava previsto para concorrer à presidência como candidato da oposição pelo partido Socialista, em 2012, renunciou ao seu cargo no FMI e prometeu combater as acusações.

(Reportagem de Emmanuel Jarry)





Fonte: Reuters

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