Em Convenção Nacional realizada neste sábado (28), em Brasília, o PSDB conduziu o ex-governador de São Paulo José Serra à presidência do Conselho Político do partido. Órgão que terá poderes para tomar decisões dentro da legenda, de acordo com o deputado federal Sérgio Guerra (PE), que foi reconduzido à presidência do partido.
"A gente quer um conselho que oriente o partido como um todo. O conselho não é para fazer brincadeira, é para tomar decisões. A gente vai ter uma posição na Executiva e o conselho vai afirmá-la ou não", definiu Guerra.
Questionado se José Serra teria se fortalecido com o novo cargo, Guerra disse que "se comparar com a Executiva passada, ele tem mais força agora". Ao deixar a convenção, Serra disse que saía de lá da mesma forma como tinha entrado: "feliz". O ex-governador negou que tenha pleiteado a direção do Instituto Teotônio Vilela, que ficou com Tasso Jereissati (CE).
A convenção começou atrasada por conta da disputa interna no partido. Para tentar mostrar união, Serra chegou ao evento ao lado do senador Aécio Neves (MG), do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de Guerra e do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. "Não adianta fazer um conselho para resolver uma disputa. Fizemos o conselho para construir um partido diferente do que está aí", ressaltou o presidente da legenda.
Serra mereceu uma menção elogiosa no discurso de Aécio na convenção. O ex-governador de Minas Gerais o classificou como "líder permanente do partido". E destacou a união do PSDB. "Instigaram rupturas, disseram que PSDB colocaria projetos individuais à frente de nossa responsabilidade com o Brasil. Mas amanhã os brasileiros vão acordar sabendo que, mais do que nunca, o PSDB está unido e pronto para enfrentar os desafios que terá pela frente", disse o aspirante à candidatura presidencial pelo partido em 2014.
Ao falar sobre as decisões dos ocupantes da direção do partido, Aécio destacou que elas foram "importantes para fazer o que é essencial agora; pararmos de olhar para o nosso umbigo e olharmos para o Brasil".
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