Para ministro, câmbio "está muito valorizado" e não há o que fazer
O ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, disse hoje que o câmbio está "muito valorizado", mas não há o que fazer. Pimentel atribui a valorização do real frente ao dólar à crise nos países desenvolvidos e ao crescimento nos países emergentes, como o Brasil.
"Este é o cenário internacional, não há como escapar dele", disse Pimentel. "Vamos ter que conviver co o câmbio muito valorizado por mais tempo".
O discurso foi recebido como um balde de água fria para a plateia de empresários e trabalhadores da indústria, que participam do seminário "Brasil do diálogo, da produção e do emprego", organizado pela Fiesp, com a Força Sindical e a CUT.
O ministro também fez uma defesa da taxa básica de juros. Ele reconhece que a Selic, atualmente em 12% ao ano, "é a mais alta do mundo". Mas, na sua avaliação, deve ser usada neste momento.
"Ela está contribuindo para a estabilidade da nossa moeda" disse Pimentel.
Ainda assim, na sua avaliação, o combate à inflação está surtindo efeito e, por isso, no segundo semestre "teremos um cenário melhor", disse.
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