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Cidades/Geral
Segunda - 23 de Maio de 2011 às 10:05

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Até 2014 Cuiabá e Várzea Grande serão contempladas com a entrega de cerca de 54 mil unidades habitacionais, decorrentes de empreendimentos lançados por 25 construtoras que atuam na região e por obras do programa de habitação do governo do Estado. No período, o executivo mato-grossense pretende construir 44 mil casas populares e as incorporadoras planejam mais 10 mil imóveis. Somadas, as unidades reduzirão em 67% o déficit habitacional existente em Mato Grosso, atualmente estimado em 74 mil casas pela Secretaria Estadual de Cidades (Secid).

Os investimentos, que partirão da iniciativa privada e dos cofres públicos, aliados às facilidades oferecidas pelos bancos no acesso ao crédito e prazos de pagamento são condições favoráveis para que os mato-grossenses conquistem a tão sonhada casa própria. Ainda existem aqueles que compram os imóveis para investir e aproveitam a valorização vivenciada pelo setor.

Das empresas particulares serão aproximadamente 151 torres, entregues a partir deste ano. Os números são do Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi/MT), que não estima o valor dos empreendimentos, uma vez que o cálculo leva em consideração a localização, tamanho das unidades e os materiais utilizados. Entre as categorias estão imóveis classificados como econômicos, passando pela classe média e indo até o alto padrão. "Os preços variam de R$ 90 mil a R$ 1 milhão", afirma o presidente da entidade, Marcos Pessoz.

Já por parte do Estado, em parceria com o governo federal, o aporte para construção das 44 mil unidades está avaliado em R$ 720 milhões, estimando 11 mil casas por ano. Altas cifras continuam sendo aplicadas pelas empresas, que planejam mais lançamentos nos próximos anos. Na avaliação de Pessoz, desde 2007 o Estado vivencia um "excelente" movimento no setor imobiliário. Afirma que chegou-se a projetar que o bom momento teria "validade" de 2 anos e que o mercado não suportaria um crescimento tão acelerado e constante. "Mas acontece que o déficit habitacional do Estado é muito elevado e isso possibilita que as empresas continuem apostando no setor, tanto é que mais grupos estão vindo para o Estado".

Boas perspectivas apresentadas pelo mercado mato-grossense atraíram a Vanguard Home a Cuiabá. Desde 2007 atuando na Capital, o gerente regional, Márcio Ferreira, afirma que já foram lançados 8 empreendimentos e que os resultados são tão satisfatórios que a empresa só pensa em expansão. "No ano passado lançamos uma torre com 116 apartamentos e a segunda torre foi anunciada em abril, com mais 116 unidades, fazendo parte do mesmo empreendimento", afirma ao comentar que somente este ano o Valor Geral de Vendas (VGV) está estimado em R$ 30 milhões, equivalente a cerca de 150 unidades. Segundo o gerente, o cenário regional ainda mostra possibilidades de investimento e a Vanguard planeja novos lançamentos.

Outra empresa que decidiu apostar nas vendas em solo mato-grossense foi a Construtora Rossi, em parceria com a GMS. Em abril fez o primeiro lançamento, o Ópera Prima. São 76 apartamentos de alto padrão, com 4 quartos, cotados a partir de R$ 500 mil (cada um). Frederico Kesller, diretor regional da Rossi, afirma que há público para este tipo de empreendimento em Cuiabá e que a empresa também quer investir em projetos da classe econômica e média-alta até o fim do ano, com um total de 4 lançamentos. "Facilidade no pagamento, oferta de crédito e estabilidade econômica propiciam condições para fechar vendas", comenta, ao anunciar que 30% dos empreendimentos lançados no mês passado já foram negociados.

Aproveitando oportunidades -Foram justamente as opções variadas de pagamento que motivaram o casal de noivos Kelly Salamanca, 26 e Anderson Viana, 26, a comprar o primeiro imóvel. "Quando tínhamos 4 anos de namoro decidimos comprar um imóvel ao invés de gastar com saídas noturnas e outras despesas que não trariam retorno no futuro", conta Kelly ao lembrar que já são 2 anos pagando as prestações do imóvel, cujas chaves estão prestes a ser entregues e que quando se casar (no ano que vem) já terá pago quase 4 anos, de um total de 15 do financiamento.

Para Kelly, jovens casais que planejam se casar devem aproveitar as condições ofertadas pelas construtoras e bancos parceiros para adquirir o imóvel, seja o primeiro ou de investimento. Ela planeja ficar cerca de 5 anos no apartamento recém-adquirido e depois dar o imóvel como entrada em um novo, desta vez maior.

Já Amábile Fernanda Souza Anffe, 33, decidiu comprar o apartamento próprio depois de 12 anos de casada e duas filhas. Ela o o marido, Fábio de Mattos Anffe, analisaram os benefícios oferecidos pelo setor e decidiram comprar o imóvel e sair do aluguel. "É um dinheiro que não tem volta. Queremos oferecer melhor qualidade de vida às nossas filhas, que têm 11 e 9 anos, com áreas de lazer e mais espaço".

Valorização - Marcos Pessoz afirma ainda que a notícia de que Cuiabá será uma das sedes dos jogos da Copa do Mundo fez valorizar os imóveis na cidade e nas áreas onde serão promovidas obras para melhorar a infraestrutura. "Quando há uma estrutura melhor, como acesso e proximidade a outros empreendimentos, a tendência é que os preços subam. É um comportamento do mercado", afirma o presidente do Sindicato da Habitação. Em algumas áreas, cita Pessoz, houve uma valorização significativa. Segundo ele, na avenida das Torres, o metro quadrado custava cerca de R$ 20, agora está sendo vendido por R$ 300.

Mas independentemente da valorização, construtoras locais fazem investimentos apostando no crescimento da demanda. Júlio Flávio Miranda, diretor da Construtora Concremax, afirma que a empresa lançou recentemente 2 empreendimentos populares, os residenciais Águas Claras e Aricá. Ele explica que no primeiro, localizado próximo ao Distrito Industrial de Cuiabá, são 250 unidades de 2 e 3 quartos, de R$ 75 mil e R$ 96 mil, respectivamente. "São casas muradas, com laje, confortáveis para uma família ou para quem faz a primeira aquisição".

No segundo empreendimento, situado na avenida das Torres, as casas são apenas de 2 quartos, com preços que variam de R$ 60 mil a R$ 75 mil. "Quase metade das casas dos 2 residenciais está vendida e os financiamentos são subsidiados pelo programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, ajudando as famílias com menor renda". Miranda afirma que a empresa programa lançamentos de acordo com pesquisa de mercado e que todos os investimentos são minuciosamente estudados.




Fonte: A Gazeta

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