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Internacional
Segunda - 02 de Maio de 2011 às 15:00

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A América Latina está a caminho de se tornar a região mais perigosa do mundo para os jornalistas, com dois países - México e Honduras - que contabilizam quase um quarto dos repórteres mortos em 2010 no exercício de sua profissão, denunciou nesta segunda-feira o Instituto Internacional de Imprensa (IPI).

 

A região, com 31 mortes, concentrou um terço dos 92 jornalistas mortos no mundo em 2010 e foi superada apenas pela Ásia, que registrou 35 mortes, disse o IPI em seu relatório anual sobre liberdade de imprensa, centrado este ano na América Latina. Os números de 2010 são melhores que os de 2009, que marcou um recorde histórico com 110 profissionais mortos, seja por assassinatos ou mortes acidentais durante a cobertura jornalística.

 

O México, com 12 jornalistas assassinados, é o segundo país mais perigoso para os profissionais de comunicação, atrás apenas do Paquistão, com 15 repórteres mortos. O autor do relatório, Anthony Mills, disse que, em comparação com os correspondentes de guerra, muitos jornalistas mexicanos "não são menos heróicos e não estão menos comprometidos com a causa de obter informação a serviço do interesse público em um país que enfrenta um conflito muito real, muito violento e frequentemente mortal".

 

O IPI lembrou ainda que, no México, muitos jornalistas foram sequestrados e torturados antes de serem mortos. Já em Honduras, dez jornalistas foram assassinados no ano passado "com total impunidade", em um aumento das mortes dos profissionais de comunicação desde a queda de Manuel Zelaya em 2009 por um golpe de Estado e a posterior eleição de Porfirio Lobo como presidente.

 

Esse número transforma o país no terceiro mais perigoso do mundo para os profissionais de comunicação. Segundo o IPI, o principal problema em toda a região é a impunidade dos que assassinam, agridem e intimidam os jornalistas. "Pedimos a nossos colegas dos países mais democráticos da América que unam suas vozes às nossas para pedir às autoridades que os assassinos de jornalistas prestem contas perante a Justiça", declarou a diretora do IPI, Alison Bethel McKenzie.





Fonte: Reuters

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