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Internacional
Segunda - 02 de Maio de 2011 às 06:58

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Três explosões foram registradas em Trípoli neste domingo depois que aviões sobrevoaram a capital líbia, informaram testemunhas.

As explosões foram ouvidas na zona leste da capital, de acordo com os relatos. O porta-voz do regime, Ibrahim Moussa, acusou a Otan de tentar assassinar o ditador líbio, Muammar Gaddafi, depois que um de seus filhos e três netos morreram neste sábado à noite em um bombardeio da aliança militar.

Uma coalizão internacional iniciou uma operação militar na Líbia em 19 de março contra o regime de Gaddafi, segundo um mandato do Conselho de Segurança da ONU com o objetivo de proteger a população civil.

A Otan assumiu o comando da operação no dia 31 de março.

Mais cedo neste domingo, partidários de Gaddafi atacaram a sede da ONU (Organização das Nações Unidas) e as embaixadas do Reino Unido e da Itália na capital, Trípoli.

Os ataques ocorrem um dia após o governo líbio acusar a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) de ter matado o filho mais novo e três dos netos de Gaddafi em um bombardeio na capital. A Otan não confirma as mortes e nega que tenha indivíduos como alvo.

A ONU anunciou que está retirando todos os seus funcionários de Trípoli, depois que sua sede foi atacada por uma multidão furiosa. Segundo a rede britânica BBC, que cita um funcionário da organização, a decisão será revista na próxima semana.

ITÁLIA

A Chancelaria da Itália, por sua vez, confirmou que a Embaixada Italiana em Trípoli também foi atingida por apoiadores de Gaddafi.

"Os ataques contra os edifícios da nossa embaixada em Trípoli não enfraquecerão a determinação da Itália em continuar a própria ação, junto com outros aliados, na defesa da população civil líbia em cumprimento da resolução 1973 das Nações Unidas", disse a Chancelaria, em referência à resolução que estabeleceu intervenção militar internacional para a proteção dos civis líbios.

O governo italiano não deu mais detalhes, mas testemunhas citadas pela Reuters dizem que há fumaça no prédio.

"Eu estou do outro lado da rua e posso ver fumaça saindo da embaixada. Ela estava em chamas", disse uma testemunha, por telefone. "Não há mais ninguém lá agora, apenas um carro de segurança para impedir que outros se aproximem".

Segundo a imprensa, a embaixada italiana e a residência do embaixador foram saqueadas.

A representação da Itália na Líbia foi fechada em março após o início do conflito neste país. A Itália, antiga potência colonial na Líbia e que já foi o maior sócio comercial deste país produtor de petróleo, foi objeto de duras ameaças no sábado por parte de Gaddafi, que prometeu uma guerra contra a península.

Há relatos ainda de que a Embaixada de Londres em Trípoli foi atacada nas últimas horas.

GADDAFI COMO ALVO

O regime líbio acusou neste domingo a Otan de ter tentado assassinar Muammar Gaddafi com um ataque aéreo que, segundo Trípoli, matou um de seus filhos e três netos, desencadeando ataques de soldados leais ao ditador contra embaixadas estrangeiras, que obrigaram a ONU a retirar do país seus funcionários.

Na noite deste sábado, Moussa Ibrahim, porta-voz do governo, anunciou que a casa de Saif al Arab Gaddafi, um dos seis filhos de Gaddafi, tinha sido "atacada com potentes meios" que mataram o Saif e três netos do líder líbio. A Otan reconheceu ter atacado "um posto de comando e controle" na área, mas não confirmou a morte do filho do ditador.

No entanto, neste domingo, o bispo de Trípoli, Giovanni Martinelli, confirmou a morte de Saif em uma entrevista por telefone ao canal italiano Sky TG24.

Moussa denunciou "uma operação cujo objetivo era assassinar diretamente o dirigente do país", acrescentando que "o guia [Gaddafi] e sua esposa estavam na casa", mas não ficaram feridos.






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