Cuiabá sofre campanha nacional velada para perder a Copa do Mundo

A capital mato-grossense tem sido alvo constante de críticas nas mídias nacionais e, principalmente, local em referência aos atrasos nas obras da Copa do Mundo de 2014. Nas regiões Sul e Sudeste, os comentários são de que Cuiabá já perdeu o status de cidade-sede, no entanto, o novo presidente da Agência Executora de Projetos da Copa do Mundo (Agecopa), Eder Moraes, já assumiu querendo dar fim às especulações, lançou os editais das obras de desbloqueio e anunciou que ainda este ano o cronograma da construção da arena pantanal será normalizado.

“Cuiabá sofre uma campanha nacional velada com críticas e que deve ser promovida por estados que não desejam que a Copa aconteça em sua plenitude na capital, mas quero dizer que ela irá ocorrer com toda sua plenitude e vamos implantar um ritmo alucinante de trabalho para que isso aconteça”, declarou Eder, que assumiu oficialmente a presidência da Agecopa na segunda-feira (25).

Eder, porém, admitiu atrasos nas obras do Verdão e culpou a burocracia. No entanto, disse que a Agecopa está se adequando e ainda este ano a construção do novo estádio estará dentro do cronograma. A obra da arena já chegou ser a mais adiantada na relação com as demais cidades-sede da Copa, entretanto, atualmente já está em sexto.

O que preocupa bastante são as obras de mobilidade urbana. O governo federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura do Transporte (Cnit), tem feito sua parte e em maio já licita as obras de duplicação das principais avenidas de Cuiabá e Várzea Grande. Para garantir uma melhor trafegabilidade, Eder pretende iniciar as obras de desbloqueios em 60 dias.

Só que o caos no trânsito da capital será inevitável, uma vez que pelo prazo reduzido muitas obras ocorrerão simultaneamente na capital. Sendo assim, o presidente da Agecopa irá realizar campanhas de conscientização e também deverá traçar estratégias para amenizar a situação, como alteração de horários nas escolas públicas e do serviço público, entre outras.

Para agilizar ainda mais as obras, Eder já cobrou um prazo para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) libere as licenças ambientais para que as obras de desbloqueio saiam antes das intervenções realizadas que serão realizadas pelo Dnit.