Repórter News - www.reporternews.com.br
Polícia Brasil
Sábado - 16 de Abril de 2011 às 09:31

    Imprimir


O principal suspeito de ter matado duas irmãs adolescentes em Cunha, a 231 km de São Paulo, disse na sexta-feira que confessou o crime sob tortura, segundo seu advogado, João Ayrosa Rangel. O defensor afirmou que Ananias dos Santos, 27 anos, disse que é inocente e que só confessou porque, no interrogatório, apanhou e sofreu ameaças de morte de policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Guaratinguetá. O advogado de Santos diz que o acusado passará por exames médicos para constatar se houve tortura. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Por meio da assessoria da Secretaria de Segurança Pública, o delegado Homero Viela Viera, da DIG, disse que ele "não sofreu qualquer tipo de violência policial nas dependências do departamento". A polícia afirma que ele admitiu ter matado as irmãs porque elas o ridicularizavam.

"Susto"
Ananias dos Santos, que confessou ter matado duas irmãs em Cunha, afirmou na segunda-feira que só queria "dar um susto" nas meninas que, segundo ele, o ofendiam constantemente. De acordo com o relato, as irmãs continuaram com as ofensas mesmo depois de serem rendidas por Ananias, o que o levou a efetuar os disparos.

Equipes de busca da Polícia Civil de São Paulo encontraram a arma supostamente usada por Ananias, indiciado por duplo homicídio, duplamente qualificado. De acordo com o delegado Francisco Fannini, que acompanhou a ação, o próprio Ananias indicou o local onde estava a carabina .22. Mesmo com a indicação de Ananias, a polícia aguarda a conclusão de um exame de balística para confirmar se a arma foi utilizada para matar Juliana Vânia de Oliveira, 15 anos, e Josely Laurentino de Oliveira, 16 anos.

Ananias foi preso na madrugada de segunda-feira na casa de sua irmã, localizada na área rural de Cunha. Ele possui antecedentes criminais e fugiu do Presídio Edgar Magalhães Noronha, em Tremembé, após receber o benefício da saída provisória na Páscoa de 2009. As irmãs desapareceram no dia 23 de março deste ano, quando voltavam da escola. Cinco dias depois, os corpos foram encontrados em um matagal na zona rural de Cunha, onde o foragido vivia com os pais.]





Fonte: Terra

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/95204/visualizar/