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Internacional
Sexta - 15 de Abril de 2011 às 09:21

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As forças leais ao ditador líbio, Muammar Gaddafi, abriram fogo contra rebeldes nas cidades de Ajdabiyah (leste) e Misrata (oeste), deixando ao menos nove mortos.

Um dia após uma reunião da coalizão militar internacional que atua na Líbia, Gaddafi continua indiferente à pressão internacional e avançando sobre os oposicionistas, que desde 15 de fevereiro pedem sua renúncia.

Na estratégica Ajdabiyah, rebeldes afirmaram que um combatente que manejava uma arma antiaérea foi morto e dois outros ficaram feridos no ataque das forças governistas, a um quilômetro da entrada oeste da cidade --a última grande localidade no caminho do reduto rebelde de Benghazi.

"Eles estão em veículos e estão espalhados a pé pelo trânsito", disse o rebelde Mansour Rachid. "É muito difícil rastreá-los. Eles abriram fogo contra nós. Temos dois feridos e um rapaz foi morto."

Rachid apontou para marcas de sangue numa picape dos rebeldes e para vidros estilhaçados, alegando serem evidências do ataque.

Ajdabiyah foi retomada pelos rebeldes no último domingo (10), após dias de pesados confrontos. Na quinta-feira (14), rebeldes se reuniram na entrada oeste de Ajdabiyah e prometiam uma nova investida contra a cidade petrolífera de Brega, um plano que parece ter sido adiado.

MISRATA

No oeste do país, em Misrata, oito pessoas morreram e outras sete ficaram feridas, entre elas várias mulheres e crianças, em uma nova série de ataques das forças de Gaddafi, informou a rede Al Jazeera.

Uma morador da cidade, sitiada há mais de dois meses pelas forças pró-Gaddafi, indicou à emissora que esta série de bombardeios começou na noite de quinta-feira e continuou na manhã desta sexta.

As forças de Gaddafi novamente fizeram uso de mísseis Grad e obuses de artilharia de diferentes calibres para atacar diversas zonas residenciais da cidade, segundo a fonte.

Todas as vítimas eram civis e morreram no bairro de Ksar Ahmed, próximo ao porto. A Al Jazeera divulgou imagens de corpos cobertos com cobertores e de casas e prédios atingidos.

Na manhã de quinta-feira, as tropas de Gaddafi bombardearam Misrata durante três horas ininterruptas, em ataque no qual morreram 23 pessoas, cinco delas cidadãos egípcios, além de deixar dezenas de feridos.

Um porta-voz rebelde citado pela mesma emissora advertiu que haverá "um verdadeiro massacre" se a coalizão liderada pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) não intensificar sua intervenção em Misrata, a terceira maior cidade do país.

A cidade, sob controle rebelde, está à beira de uma catástrofe humanitária e sua situação piora a cada dia, dada a falta de alimentos e as interrupções no fornecimento de água e luz.

Existem esforços internacionais para levar ajuda a Misrata, embora o regime líbio tenha ameaçado no início da semana um "selvagem e violento" ataque se uma missão humanitária for enviada à cidade.

Os intensos bombardeios das últimas horas impediram que fosse descarregada a ajuda médica e os alimentos que se encontram a bordo do navio fretado pela ONU (Organização das Nações Unidas) que atracou na véspera no porto de Misrata, informou em Genebra um porta-voz da Organização Internacional de Migrações (OIM).






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