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Policia MT
Sexta - 18 de Março de 2011 às 09:43

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Funileiro Márcio Domingos Barbosa

Todos os dias, pelo menos seis delas procuram a Polícia e denunciam seus maridos, companheiro e até namorados. Desde que foi implantada em 2006, a Lei Maria da Penha já levou muitos homens para a cadeia, mas também dobrou o número de ocorrência de violência contra as mulheres, inclusive com mortes.

“Vou te matar e vou comer a tua carne. As ameaças foram feitas pelo funileiro Márcio Domingos Barbosa, de 39 anos, preso pela Polícia Militar por volta das 18 horas desta quarta-feira (16). Além das ameaças, o acusado ainda humilhou a esposa com palavras imorais.

A vítima, Soeni Gonçalves, de 50 anos, confirmou as ameaças ao ser ouvida na Central de Flagrantes do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc-Leste) do Parque do Lago, em Várzea Grande (Grande Cuiabá).

Ao chegar na casa dele, na Rua E do bairro Vila Vitória-1, em Várzea Grande, Márcio já estava bêbado, segundo Soeni, e ainda passou a consumir droga que trouxe da rua.

Ao reclamar, a esposa conta que passou a ser ofendida com palavras do tipo: chupadeira, boqueteira e outras ofensas ainda mais imorais. O clima esquentou ainda quando Soeni também ameaçou chamar a Polícia.

“Ai ele tentou me agredir como já havia feito outras vezes. Fora de si, ele ameaçou me matar e ainda cortar e comer a minha carne. Foi quando eu resolvi ligar para a Polícia Militar”, confirmou a vítima em seu depoimento.

Márcio ainda chegou a sair de casa para tentar fugir do flagrante, mas foi preso logo em seguida por uma guarnição da PM. Soeni acompanhou a ocorrência e ratificou as denúncias contra o marido na Polícia Civil.

Na ficha de Márcio consta que ele já havia sido preso na mesma Lei Maria da Penha, quando a Justiça, inclusive determinou que ele ficasse afastado da mulher em uma medida protetiva.

Fingindo que estava arrependido, Soeni conta que chegou a perdoar o marido, só que ele não cumpriu a palavra de parar de beber, muito menos de usar droga e voltou a agredida, ofendê-la, e agora de ameaçá-la de morte.

Márcio foi autuado em flagrante na Lei Maria da Penha em crime de ameaça de morte e injúria pelo delegado Cláudio Victot Freesz de plantão na Central de Flagrante do Cisc-Leste.

Preso, Márcio acordou na manhã desta quinta-feira no xadrez do Cisco Leste ainda atordoado e com muita ressaca. Como a maioria dos homens violentos, Márcio negou as acusações, mas caiu em muitas contradições ao conversar com a reportagem.

Primeiro ele alegou que não usava droga, só bebia cachaça e cerveja. Depois ele desconversou alegando que usava droga, mas só de vez enquanto, mas não admitiu a violência contra a mulher.

“Nunca. Eu sai de casa para não bater nela, poiis ele estava me atentando. Essa história de matar e comer a carne também não é verdade. Eu jamais faria isso”, contesta Márcio, transferido ainda nesta manhã para a cadeia Pública do Capão Grande, em Várzea Grande.

O personagem da história do homem que ameaçou matar e comer a carne da esposa em Várzea Grande lembrou um caso que aconteceu em Minas Gerais anos Um homem matou a esposa, cortou a carne em bife e estava assando quando foi preso pela Polícia de Belo Horizonte.

Calmo, o delegado Cláudio Victor, o mesmo que autuou Márcio Barbosa em flagrante, conta que a história de Várzea Grande não se concretizou, mas lembrou uma história ainda mais violenta que aconteceu em Minas Gerais.

De poucas palavras, o delegado Cláudio Victor, no entanto, resolveu contar a história de Minas Gerais.

“Aqui o homem ameaçou, lá em Minas Gerais aconteceu. O homem matou a mulher. Colocou o corpo sobre uma mesa e passou a cortar os pedaços de carne e assar em uma churrasqueira. Quando a Polícia chegou comprovou as cenas de canibalismo”, concluiu o delegado Cláudio. (JRT) .






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