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Internacional
Quinta - 17 de Março de 2011 às 16:55

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Horas antes de o Conselho de Segurança das Nações Unidas votar a resolução que pode decidir pela zona de exclusão aérea sobre a Líbia, o ditador Muammar Gaddafi disse em comunicado que ações militares externas podem resultar em danos a alvos civis e militares no Mediterrâneo como parte de um contra-ataque de suas forças.

A ameaça de Gaddafi chega também em meio a temores de uma forte ofensiva contra a cidade de Benghazi, bastião dos opositores no leste da Líbia.

"Qualquer ação militar externa contra a Líbia deixará todo o tráfego áereo e marítimo no Mar do Mediterrâneo exposto e [instalações] civis e militares se tornarão alvos do contra-ataque da Líbia", disse o comunicado transmitido pela TV estatal e distribuído pela agência oficial de notícias Jana.

Ainda na noite de ontem (16), em meio a alertas do filho do ditador Muammar Gaddafi, Saif al Islam, de que bastavam 48 horas para a vitória contra os rebeldes na Líbia, membros do Conselho de Segurança da ONU mais uma vez falharam na tentativa de obter um consenso sobre uma ação militar para deter o avanço do regime na repressão aos opositores.

O vice-embaixador da Líbia na ONU, Ibrahim Dabbashi, disse na noite de ontem que o mundo tinha dez horas para agir antes que um genocídio ocorra nas batalhas em Ajdabiyah, prevendo o início dos confrontos para esta quinta-feira.

EUA APOIAM MEDIDAS CONTRA GADDDAFI

Mais cedo os Estados Unidos deixaram claro que apoiam qualquer medida internacional para solucionar a crise na Líbia, exceto a presença militar estrangeira, segundo afirmou o subsecretário de Estado para Assuntos Políticos, William Burns.

Em discurso ao Comitê de Relações Exteriores do Senado americano, Burns indicou que, no momento, as forças leais ao ditador líbio Muammar Gaddafi estão a cerca de 100 milhas (160 quilômetros) de Benghazi, principal reduto dos rebeldes líbios.

"As forças de Gaddafi alcançaram avanços significativos no terreno", declarou Burns ao Comitê, quando acrescentou: "acho que se encontram só cerca de 160 quilômetros de Benghazi atualmente".

O alto funcionário indicou que os Estados Unidos apoiam qualquer medida internacional para solucionar a crise que não represente a presença de "botas militares no terreno", em um sinal que seu país mudou de posição e apoia agora a imposição de uma zona de exclusão aérea para proteger os rebeldes.

Neste sentido, indicou que os Estados Unidos querem uma "resolução de peso" do Conselho de Segurança da ONU, para poder atuar rapidamente perante o desenvolvimento dos fatos no terren






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