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Segunda - 14 de Março de 2011 às 21:33

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Vestindo a gravata com as cores da bandeira do Brasil --a mesma que usou, ao lado do presidente Lula, na cerimônia em que o Rio foi escolhido para a sediar as Olimpíada de 2016, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles anunciou hoje ter aceito o convite da presidente Dilma Rousseff para presidir a APO (Autoridade Pública Olímpica).

Seu nome será encaminhado para o Senado, onde Meirelles precisa ser sabatinado. "É um processo que eu conheço bem, na minha posição anterior", afirmou Meirelles, bem-humorado, sobre a sabatina.

Perguntado sobre a mudança da Medida Provisória que enxugou cerca de 200 cargos da APO e mudou parte de sua estrutura, Meirelles afirmou que o texto acabou sendo "aperfeiçoado" e que a redução de cargos é "extremamente razoável".

O ex-presidente do BC afirmou acreditar que sua experiência internacional e trânsito com investidores de dentro e fora do Brasil foram decisivos para sua escolha.

"Inclusive, alguns membros do Comitê Olímpico Internacional me ligaram já, inclusive num tom de brincadeira, dizendo: "você foi lá, disse que o Brasil tem condições de entregar [as obras dentro do prazo], então agora você vai ter que ser o responsável de fato para fazer com que isso aconteça"", afirmou.

Segundo Meirelles, sediar um evento olímpico é uma demonstração da "capacidade de execução de um governo e país". "[É a demonstração da] capacidade do Brasil ocupar espaço no mundo", disse ele.

"É o tipo de obra em que não pode haver atraso", resumiu ele ao se referir às Olimpíadas.

Sobre o preenchimento dos cargos da APO e a disputa que pode gerar entre partidos da base aliada, inclusive o que Meirelles faz parte, o PMDB, o futuro dirigente afirmou estar preparado. "Essa questão de pressões políticas é normal, acontece em qualquer esfera de governo, em qualquer lugar do mundo, mas evidentemente eu tenho já uma certa experiência depois de oito anos de Banco Central."

E prometeu dar um perfil técnico ao órgão. "É um projeto que tem um prazo para terminar e muita complexidade. Então, os profissionais terão que ser profissionais de qualificação técnica e de gestão de primeira linha e em condições de entregar a obra nos prazos indicados", disse.

Meirelles foi ainda perguntado se concordava ou não com a flexibilização da lei de licitações para as obras da Olimpíada, mas preferiu não se posicionar. "Esse projeto nasceu desde a candidatura do Rio de Janeiro, e não há dúvida que tudo isso faz parte de uma série de experiências e aprendizados com outros países. Mas não há dúvida que isso é uma decisão soberana do Congresso Nacional", afirmou.

  Lula Marques - 15.dez.2010/Folhapress  
Dilma Rousseff e Henrique Meirelles se cumprimentam no Palácio do Planalto em dezembro
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