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Opinião
Quarta - 08 de Setembro de 2021 às 06:43
Por: Aluisio Arruda

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O Ministério da “Educação” desde o início do atual governo vem realizando uma série de ações, desde declarações, ameaças, punições, cortes de verbas, na maioria das universidades públicas, Institutos federais de ensino e outras, sob alegação de que essas entidades estão repletas de professores que “partidarizam” o ensino. E que o correto seria uma escola sem partido.

Quantos séculos tem as instituições de ensino, no Brasil e no mundo? Por que só agora surgiu essa polêmica?

Fazem essas acusações baseados em quais fatos? Quais os prejuízos que tem tido o ensino em todos os níveis? Se não apresentam dados ou informações mais claras, o que será que existe por traz dessa ação.


Todos os ministros da área da educação do atual governo foram indicação de um grupo, da área ideológica, liderada pelo guru de Bolsonaro, que mora nos EUA, chamado Olavo de Carvalho.

Quantos séculos tem as instituições de ensino? Por que agora surgiu polêmica?

O primeiro deles Ricardo Velez, um colombiano, foi trocado em menos de 100 dias de governo, motivado por crises, controvérsias, que gerou conflitos entre servidores, gestores estaduais e municipais, além de disputas internas principalmente entre militares.

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Substituido por Abraham Weintraub, do mesmo grupo ideológico, este responsável por um dos maiores desmontes e cortes de verbas do setor. Com pouco mais de um ano no comando da pasta acumulou polêmicas por questões políticas e ideológicas, com vários setores, principalmente com ministros do STF. E chegou a afirmar que as universidades fabricam drogas e cultivam maconha.

Novamente da mesma linha ideológica assume Milton Ribeiro, pastor presbiteriano, assume dizendo que a universidade deveria “ser para poucos”. (Daí a justificativa dos cortes e sucateamento). Depois declarou ”de que adianta ter um diploma se não tem emprego”, como se não fosse essa uma obrigação do governo. Outra afirmação do ministro é que “alunos deficientes atrapalham o aprendizado os demais”, portanto deveriam ser separados.

Como se vê no governo Bolsonaro existe uma política muito clara e que tem como meta o desmonte e o sucateamento da educação no Brasil, e ao mesmo tempo uma política ideológica que vem sendo implementada a ferro e fogo, de que é preciso mudar o atual modelo.

E qual seria esse novo modelo?

O Brasil, maior país da América Latina, com terras férteis e riquezas minerais fabulosas tem todas as condições de se tornar uma potência, não só no continente, mas a nível mundial. Mas para isso teria que se desenvolver tecnologicamente, e isso só se consegue através do conhecimento cientifico, da educação, principalmente em níveis superiores.

E será que nossos concorrentes, principalmente os EUA vão deixar isso acontecer tranquilamente? Daí os golpes e mais golpes, desde de Vargas, levado ao suicídio porque adotou uma política de desenvolvimento industrial que já absorvia 30% do PIB, hoje em torno de 10%.

Daí uma ditadura militar sob o comando dos EUA por 21 anos. Daí o golpe contra Dilma, a prisão de Lula e eleição de um incompetente, um mentecapto, fantoche, sob o comando do Tio San.

Essa é a jogada da “escola sem partido”, na verdade sob comando forâneo, dos que querem sucatear nossas escolas e universidades, rebaixar ao máximo o ensino no Brasil, para que sejamos apenas um mero distribuidor de matéria prima in natura, principalmente de grãos, carnes e minérios; não um pais desenvolvido tecnologicamente.

Essa política nefasta implementada pelo governo Bolsonara, infelizmente ganha terreno em todo o território, inclusive aqui em MT, onde seus seguidores fanáticos já ameaçam professores, escolas e implantam terror, sobrevoando escolas com helicópteros coberto pela bandeira nacional, para intimidar que professores denunciem crimes ambientais, agressões a povos indígenas e apontem responsáveis.

Aluisio Arruda é jornalista, arquiteto e urbanista.



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