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Opinião
Sábado - 25 de Junho de 2022 às 04:41
Por: Mardem Machado

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Você já ouviu falar sobre pólipos intestinais? O pólipo intestinal é uma alteração causada pelo crescimento anormal da mucosa do intestino grosso (cólon e reto). É uma das condições mais comuns que afetam o intestino, ocorrendo em 15 a 20% da população, de acordo com a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBPC).

Alguns são baixos e planos, outros são altos e se assemelham a um cogumelo, podendo aparecer em qualquer parte do intestino grosso. Inicialmente são diminutos e benignos (adenoma), podendo crescer até sofrerem transformação maligna (adenocarcinoma). Por este motivo é tão importante a remoção dos pólipos, com a finalidade de prevenir o câncer.

Os pólipos intestinais surgem como resultado das alterações dos cromossomos de algumas células da mucosa, fazendo com que modifiquem seu comportamento. As mutações podem surgir ao longo da vida. Por esse motivo foram realizados estudos que concluíram que a idade de maior risco para o surgimento dessas alterações (mutações) se inicia após os 50 anos. Entretanto, um maior risco de mutações pode ser hereditário, o que explica a importância de se pesquisar a história familiar ao analisar o risco de ter a doença.

Quando provocam sintomas, podem provocar sangramento, saída de muco com as fezes, alterações no funcionamento do intestino e, em casos raros, dores abdominais. Mas, na maioria das vezes não apresentam sintomas, sendo descobertos com maior frequência através de exames como colonoscopia ou raios-X contrastados.

Os pólipos podem ser diagnosticados através de exames endoscópicos ou radiológicos. Três exames endoscópicos podem ser utilizados com esta finalidade: a retossigmoidoscopia rígida, a retossigmoidoscopia flexível e a colonoscopia.

Todos os pólipos encontrados no exame endoscópico devem ser totalmente removidos e enviados para análise do médico patologista (exame histopatológico). A imensa maioria dos pólipos é removida através da colonoscopia, exame que permite a utilização de instrumentos delicados e especiais. Contudo, a localização e as características de alguns pólipos podem exigir sua remoção através de cirurgia. Hoje, a remoção da maioria dos pólipos se faz através da colonoscopia.

Uma vez que o pólipo é removido totalmente, sua recorrência (reaparecimento) não é comum, mas pode acontecer. Também podem surgir novos pólipos em locais diferentes, o que ocorre em cerca de 30% dos indivíduos. Por esse motivo, o acompanhamento periódico deve ser realizado, com a ajuda de médicos especialistas.

Dr. Mardem Machado é coloproctologista, professor do HUJM e presidente da seccional Centro-Oeste da SBPC



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