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Opinião
Quinta - 28 de Julho de 2022 às 11:47
Por: Rafael Sodré de Aragão

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O câncer de bexiga ocorre quando um tecido anormal se desenvolve no revestimento interno da bexiga, podendo em alguns casos, se infiltrar para musculatura do órgão.

O sintoma mais comum é o sangramento, que geralmente é indolor e deve motivar prontamente a ida ao médico.

Ao se diagnosticar esse tipo de tumor é preciso saber o grau de infiltração. O tipo mais comum é o Carcinoma Urotelial não músculo invasivo, ou seja, não invadiu a camada muscular. Quando as células cancerígenas se espalham para a musculatura da bexiga é denominado carcinoma musculoinvasivo.

Caso a doença tenha se espalhado para outros órgãos é denominado câncer avançado ou metastático.

Em sua maioria os tumores de bexiga são causados por exposição a substâncias cancerígenas, dentre elas a mais comum é o cigarro. Profissões onde os trabalhadores lidam com substâncias nocivas como corantes, têxteis, borrachas, tintas, plásticos, curtimento de couro, etc, tem seu risco aumentado.

O tratamento em fases iniciais consiste em remover as células tumorais com uma raspagem preservando a bexiga. Essa ressecção é feita usando uma técnica chamada Ressecção Transuretral do tumor de bexiga. Em alguns casos com risco maior de recorrência utiliza-se um medicamento chamado BCG instilado dentro da bexiga.

Em situações de alto risco em que há invasão de musculatura está indicada a cirurgia para retirada da bexiga devido ao risco de espalhamento da doença. Tal tratamento é denominado cistectomia radical.

No Brasil são estimados em 2022 7.590 casos novos em homens e 3.050 em mulheres e exige envolvimento de vários profissionais como oncologistas, urologistas, radio-oncologistas, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas.


Rafael Sodré de Aragão é cirurgião oncológico e cirurgião geral.



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