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Opinião
Terça - 02 de Abril de 2024 às 00:50
Por: Eralci Moreira Terézio

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Poder pelo poder nada acrescenta ao crescimento da UFMT, faz-se necessário refletir neste momento, pelo qual a instituição finalmente começa a sair do ostracismo científico e modernizar-se no que tange significativamente as gestões mais avançadas nos moldes dos maiores centros de excelência universitária pelo mundo.

O filósofo contemporâneo Michel Foucault (1926-1984) enfatiza: “A verdade é deste mundo; ela é produzida nele, graças a múltiplas coerções e nele produz efeitos regulamentados de poder. Cada sociedade tem seu regime de verdade, sua “política geral” de verdade: isto é, os tipos de discurso que ela acolhe e faz funcionar como verdadeiros; os mecanismos e as instâncias que permitem distinguir os enunciados verdadeiros dos falsos, a maneira como se sanciona uns e outros; as técnicas e os procedimentos que são valorizados para a obtenção da verdade; o estatuto daqueles que têm o encargo de dizer o que funciona como verdadeiro. ”

Longe de mim, parafraseá-lo, mas ousando trazer ao contexto em que vivemos em nossa comunidade acadêmica, é possível perceber facilmente que a paixão por retomar o poder e restabelecer o status quo dos que conduziram a UFMT até o ano de 2020 torna-se claro e evidente. Trazer inverdades como verdades, demonstra que os parâmetros do que é fato e notório é tratado com desgosto e passa ser inverdade ou uma verdade que não interessa.

A vivência por mim presenciada nestes desnorteantes 5 meses e vários dias de campanha a reitoria ajudando na construção da campanha do Prof. Evandro e da Profa. Marcia, trouxe à tona que muitos dos que dizem defender a UFMT, querem simplesmente retomar o que já lhes pertenceu, esquecendo que cargos são passageiros e sentindo-se donos do que é de todos nós que pertencemos e fazemos a UFMT moderna.

Diferentemente de nossos colegas e amigos aposentados, os quais escreveram a história de nossa instituição e que alguns ainda mantêm vínculos acadêmicos e de pertencimento, produzindo intelectualmente com suas experiências e participando de sua vivência. Assombra-me ex-reitores que há muito se aposentaram e nunca mais vieram aos rincões da UFMT, ou se quer mantiveram algum vínculo produtivo declararem de última hora apoio a uma suposta renovação representado em uma chapa recheada de ex-aliados/aliadas que estavam em suas gestões passadas. Alguns deles mal sabem os nomes dos candidatos, outros mecanicamente lendo o que lhe fora imposto. É triste esse papel que pessoas importantes que passaram e ajudaram a construir a história de nossa universidade se prestaram a fazer, mas é parte de nossa democracia.

A escolha pela chapa 2 com Evandro e Márcia, é a verdadeira escolha pela mudança. Uma mudança que começou em 2020, trazendo conceitos modernos de gestão acadêmica, com quebras de paradigmas e colocando de fato em evidência a Pesquisa, a Pós-graduação e a Extensão Universitária, revolucionando os espaços de trabalho dos Técnicos Administrativo, como por exemplo o PGD (Programa de Gestão de Desempenho) e mantendo e ampliando os auxílios estudantis. Feitos realizados pela primeira vez em 50 anos de história da UFMT. Vale ressaltar aqui, que isso tudo fora realizado em meio a cortes orçamentários e em meio a pandemia causado pelo Sars-COV2.

Sinto pelos colegas que calados e contidos, estão angustiados e desgastados por essa campanha massacrante e desgastante, que certamente clamaram há anos por mudança, sofrendo rejeição e esperando a verdadeira mudança do status quo que imperava nesta instituição. E essa mudança é de fato representado na pessoa dos professores Evandro e Márcia a qual começou em outubro de 2020 quando o Prof. Evandro assumiu a gestão da UFMT.

A vitória de Evandro e Marcia representará a derrota do status quo, do poder pelo poder e consolida de fato o avanço da UFMT na Gestão Acadêmica, Ensino, Pesquisa e Pós-Graduação, Extensão Universitária entre outras áreas da academia.

Adiante.

Eralci Moreira Terézio é professor do Programa de Pós-Graduação em Física e do Instituto de Física da UFMT. Atualmente é Coordenador do Curso de Física Licenciatura e Bolsista Produtividade em Pesquisa PQ2 do CNPq.



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