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Opinião
Segunda - 20 de Maio de 2024 às 00:12
Por: Wilson Carlos Soares Fuáh

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Todos os filhos devem estar preparados para receber heranças somente pós-morte, porque a expectativa de recebimento de herança em vida é a pior situação que um pai possa administrar nos seus dias mais difíceis.

Diante da cobrança sistemática dos filhos, o idoso fica entre a linha divisória do sentimento de não desfazer do que tem, pois se desfazer das suas reservas fará com que as garantias de uma velhice tranquila desapareçam. A luta por herança em vida, já levou o filho a matar os país e pai a matar filhos.


O filho trabalhador e empreendedor não precisa de heranças, pois com o seu talento saberá acumular riquezas, mas por outro lado o filho sonhador e folgado gastará todo dinheiro que passar pelas suas mãos.


Nos asilos para idosos, estão cheios de exemplos de pais órfãos de filhos, faça uma visita lá e veja quantos velhinhos estão abandonados, as suas visitas aos asilos ao invés de lhe trazer paz, lhe trarão revolta pela falta de respeito aos idosos.



Diante da cobrança sistemática dos filhos, o idoso fica entre a linha divisória do sentimento

É muito triste a realidade desses velhinhos carentes de tudo, os asilos estão cheios de pais sem heranças e sem filhos, muitos levam os pais para lá, somente para ficar livre deles, e ali começa uma nova vida, é o começo real do abandono, e começa uma vida de tristeza, solidão e depressão por não ter mais a presença dos filhos e dos netos, e agora o destino é fica ali num lugar isolado e vivendo das recordações da família que um dia ele formou e dos dias que dedicou tudo para dar tudo de melhor aos filhos e tendo trabalhado muito para preparar os filhos fazer sucesso na vida e apenas pelo seu amor, mas agora só recebeu em troca, a ingratidão, o abando e o desprezo.

De quem é a falha, porque desse desprezo, por isso, só dê aos filhos a sua herança quando a morte chegar, porque todo o patrimônio conquistado pelos pais será para sustentar e uma forma de investimento na sua própria velhice, e assim, não depender da caridade e dos cuidados de outras pessoas estranhas, o valor patrimonial será reservado para pagar profissionais que possam dar ajuda e proteção, e às vezes, até receber um carinho e um cuidado de alguém que nunca viu, porque os filhos sumiram.

A velhice é o prior momento da vida, pois leva toda a nossa força e todo nosso saber que são substituídos pelo esquecimento, e junto vêm também as dores que nos tira o conforto e o bem estar, e nesse mundo de solidão.

O que resta os idosos abandonados, é fazer reflexões sobre o real entendimento da dor sentimental e do vazio sem nenhuma palavra e sem nenhuma visita, diante dessa ingratidão, os velhinhos se transformam em verdadeiros corpos sem forças e quase sem almas, mas para aos velhinhos abandonados a esperança de receber uma visita, ficou em algum lugar do passado e o futuro é a proximidade de ser recebido por Deus em outro plano, e pelos asilos cheios da vida, o que resta é ficar esmolando um pouco de carinho ou de uma palavra amiga, mesmo que seja de um estranho.

Mas, isso não regra, porque existem muitos filhos que amam seus pais e que dedicam toda a atenção e carinho até os últimos dias da sua vida, feliz daquele velhinho que tem pelo menos um filho que o ama verdadeiramente.

Wilson Carlos Fuáh é especialista em Recursos Humanos e pesquisador das Relações Sociais e Políticas, Graduado em Ciências Econômicas



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