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Saúde
Terça - 15 de Fevereiro de 2011 às 10:23
Por: Juliana Vines

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A falta de tratamento para o hipotireoidismo pode trazer consequências bem mais graves do que a dificuldade de emagrecer e manter o peso _dificuldade que foi citada ontem por Ronaldo, no anúncio de sua aposentaria, e atribuída por ele à doença.

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O jogador, como todo o Brasil agora sabe, sofre de hipotireoidismo há quatro anos, e ainda não se tratou.

A falta de medicação adequada para o problema pode causar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como aterosclerose (entupimento das veias), infarto e insuficiência cardíaca.

O hipotireoidismo é um distúrbio caracterizado por uma menor atividade da glândula tireoide, que produz hormônios responsáveis por estimular o metabolismo e o trabalho celular.

A falta do hormônio faz com que o metabolismo fique mais lento. Os principais sintomas são sonolência, cansaço e perda na capacidade de raciocínio.

Estima-se que 6% da população mundial tenha algum grau do distúrbio, de acordo com o endocrinologista João Roberto Maciel Martins, da Universidade Federal de São Paulo.

"É muito mais comum entre mulheres, principalmente após a menopausa. A alteração pode aparecer de uma hora para outra, mas as manifestações são graduais."

A principal causa é uma doença autoimune, chamada de tireoidite de Hashimoto, inflamação que faz a glândula perder progressivamente sua função.

"Não se sabe ao certo porque é mais comum em mulheres, mas pode ter uma relação com as variações hormonais. Mulheres também têm mais doenças autoimunes", diz Ricardo Meirelles, presidente da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia).

Além da doença autoimune, há outras causas para o hipotireoidismo como inflamações, tratamentos com radioterapia ou a retirada do órgão por cirurgia.

Um exame de sangue simples pode detectar o problema. O tratamento é feito com a reposição do hormônio T4 em dosagens calculadas de acordo com o grau da doença e o peso do paciente.






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