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Saúde
Quinta - 03 de Fevereiro de 2011 às 09:31

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A esteatose hepática não alcoólica, popularmente conhecida como ‘gordura no fígado’, é uma condição cada vez mais comum nos países ocidentais. Calcula-se que cerca de 20% dos brasileiros sofram desse problema muitas vezes assintomático que causa aumento do fígado e mudança em sua coloração – podendo evoluir para hepatite gordurosa e cirrose hepática caso não seja diagnosticado e tratado a tempo.

De acordo com o doutor Márcio Sarmento, médico radiologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB) em São Paulo, a esteatose hepática é um problema de saúde pública. “Sendo uma condição potencialmente reversível, é fundamental se incentivar a pesquisa por novos métodos de rastreamento e avaliação de sua severidade”.

Sarmento afirma que a novidade, em termos de diagnóstico e acompanhamento, é o uso da ressonância magnética como biomarcador quantitativo da gordura presente nas células encontradas no fígado. “Uma série de avanços técnicos fez com que hoje seja possível medir a fração de sinal de gordura hepática com o auxílio da ressonância magnética, criando mapas anatômicos com o auxílio de software. Pela primeira vez, então, conseguimos fazer um acompanhamento quantitativo e muito mais objetivo da resposta do paciente ao tratamento”.

O médico explica que até recentemente outros métodos de imagem vinham sendo empregados no diagnóstico e acompanhamento da esteatose hepática não alcoólica, mas apresentavam inconvenientes. “O padrão ouro na detecção e quantificação do problema continua sendo a biópsia hepática. Mas, por ser um método invasivo, não é o mais adequado para rastreamento e monitoramento terapêutico dos pacientes. A ultrassonografia apresenta excelente sensibilidade, mas não é um método quantitativo. Já a tomografia tem o inconveniente de envolver radiação e ter menor sensibilidade para casos leves e moderados”.

Informações da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, revelam que entre 25% e 35% dos norte-americanos têm fígado gorduroso. Como em sua fase inicial o problema pode ser assintomático, vale a pena consultar um médico em casos de perda súbita de peso, fadiga em excesso e dor no lado direito, logo acima do abdome. Entre os fatores de risco que predispõem ao acúmulo de gordura no fígado estão: obesidade, malnutrição, taxa alta de triglicérides e colesterol no sangue, síndrome metabólica, cirurgia de redução de estômago, diabetes tipo 2 e contato prolongado com pesticidas. O tratamento se concentra fundamentalmente na redução dos fatores de risco.

Fonte: Dr. Márcio Sarmento, médico radiologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo – www.cdb.com.br






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