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Educação/Vestibular
Sexta - 10 de Dezembro de 2010 às 19:02

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O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) confirmou nesta sexta-feira, por meio de nota, que o número de convites feitos para alunos refazerem o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) no dia 15 passa dos 9.500. O número é bem acima do divulgado inicialmente. Segundo o órgão que organiza o exame, todos os alunos já foram contatados.

Até ontem, o MEC (Ministério da Educação) confirmava ter identificado apenas 2.817 alunos que preenchessem os pré-requisitos que davam direito à nova prova. No entanto, ao divulgar que a prova seria reaplicada em 218 cidades de 17 Estados, a pasta confirmou que o problema era mais disseminado do que vinha admitindo.

Para ser convocado, a pasta estabeleceu que o candidato deveria ter recebido a prova amarela de sábado (6/ 11) com problema de impressão, não ter tido seu caderno de questões trocado e ainda ter tido seu problema registrado em ata.

De acordo com o MEC, o aluno convocado à reaplicação do Enem tem o direito de refazer a prova, e não o dever. Quem não fizer o exame fica com a nota do primeiro teste.

CONVOCAÇÕES

Apesar dos pré-requisitos estabelecidos, a Folha teve acesso a relatos de casos de candidatos que, mesmo sem ter tido nenhum tipo de problema na prova amarela, foram convocados para o exame da próxima quarta-feira.

Tainah Lunge, 17, é um dos casos. A jovem diz ter se espantado ao receber o e-mail de convocação do MEC anteontem à noite, já que sua prova amarela estava perfeita e por não haver percebido, no dia da prova, ninguém em sua sala reclamar de nada.

"Quando vi o e-mail do MEC, achei que fosse vírus", disse. Por isso, Tainah não pretende refazer o exame.

Há ao menos mais um relato de um caso semelhante de uma menina em Barra de São Francisco, no Espírito Santo.

Questionado, o MEC disse que ainda não tomou conhecimento desses casos.

Há relatos também de alunos que, embora tendo tido problema, não foram convocados para a prova.

Marianna Cassa, 16, de Cachoeiro de Itapemirim (ES), recebeu uma prova amarela defeituosa, mas teve seu caderno de questões trocado. Segundo a estudante, o fiscal levou tempo para solucionar seu problema, o que fez com que ela não conseguisse terminar de ler a prova.

Embora esperasse ser chamada, Marianna não está entre os beneficiados. "Não recebi nenhum comunicado do MEC e quando eu coloco meu CPF no site do Enem, aparece uma mensagem dizendo que eu não estou relacionada para fazer a prova", lamenta.

Para Mateus Prado, presidente do Instituto Henfil, entidade especializada em preparar para o Enem, a análise das 116 mil atas que levou à identificação dos prejudicados foi feita à toque de caixa.

"Não tem como dar certo. Foi uma leitura apressada. O MEC não sabia a dimensão do problema", afirma Prado.

O aluno que quiser consultar sua situação, deve acessar o site do Inep (http://sistemasenem2.inep.gov.br/localdeprova).






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