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Quinta - 09 de Dezembro de 2010 às 10:17

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Estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta quinta-feira (9) aponta que o número absoluto de analfabetos brasileiros com 15 anos ou mais caiu 7% entre os anos de 2004 e 2009. No entanto, no mesmo período cinco estados registraram aumento deste contingente. Hoje, o Brasil tem 14.104.984 de analfabetos.

O levantamento foi feito com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Em números absolutos, a redução de analfabetos corresponde a pouco mais de um milhão de pessoas em todas as regiões do país. Em termos relativos, a taxa de analfabetismo passou de 11,5% para 9,7%.

Os cinco estados que tiveram crescimento no número absoluto de analfabetos foram Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina, Rondônia e Acre. O Ipea ainda não divulgou os números.

A região Centro-Oeste apresentou a menor queda do número absoluto de analfabetos (1,6%), uma vez que os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul tiveram aumento deste contingente.

A redução do número de analfabetos da região Sul ficou abaixo da média nacional (7,3%), devido ao aumento ocorrido em Santa Catarina (14%).

Os dados mais positivos vem das regiões Norte e Nordeste que registraram as maiores quedas nas taxas. O Nordeste reduziu 16,6% a taxa de analfabetismo e todos os estados da região tiveram queda em termos absolutos e relativos.

No Norte, a taxa de analfabetismo teve redução de 17%. O destaque foi o Amapá onde o índice caiu 66%. A taxa de analfabetismo neste estado passou a ser a mais baixa do Brasil: 2,8%.

Na região Sudeste, a redução do contingente de analfabetos foi ligeiramente menor que a média nacional (6,6). Apenas o Rio de Janeiro registrou índice favorável (12,3%).

Confira as taxas de analfabetismo da população de 15 a 64 anos, segundo dados da Pnad:


Região Taxa de analfabetismo em 2009
Nordeste 15,0%
Norte 8,1%
Centro-Oeste 5,5%
Sul 3,7%
Sudeste 3,7%

Estado Taxa de analfabetismo em 2009 Estado Taxa de analfabetismo em 2009
Alagoas 20,8% Mato Grosso do Sul 6,2%
Piauí 19,2% Espírito Santo 6,0%
Paraíba 18,0% Minas Gerais 5,7%
Maranhão 14,9% Goiás 5,6%
Ceará 14,9% Roraima 5,0%
Rio Grande do Norte 14,7% Amazonas 5,0%
Pernambuco 14,2% Paraná 4,6%
Sergipe 14,1% Santa Catarina 3,3%
Bahia 13,0% Rio Grande do Sul 3,1%
Acre 12,7% São Paulo 3,0%
Pará 9,8% Rio de Janeiro 2,8%
Tocantins 9,2% Distrito Federal 2,5%
Rondônia 7,5% Amapá 1,5%
Mato Grosso 7,3%    


Idosos

O maior número de analfabetos brasileiros tem 65 anos ou mais. A taxa de 34,4% caiu para 30,8%, entre os anos de 2004 e 2009. Segundo o Ipea, apesar da queda, houve um aumento em número absolutos da ordem de 490 mil analfabetos.

A pesquisa ainda revela que o índice de analfabetismo é maior entre os moradores das áreas rurais (23%) do que na das urbanas (7%). Há diferença também dos níveis de analfabetismo entre brancos (5,9%) e negros (13,4%).

Outro fator que evidencia as disparidades é a renda. O estudo do Ipea aponta que o analfabetismo entre pessoas que estão na faixa de renda familiar per capita maior que três e menor que cinco salários mínimos é cerca de 20 vezes menor que as pertencentes à faixa de até um quarto de salário mínimo.





Fonte: Do G1

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