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Educação/Vestibular
Quinta - 09 de Setembro de 2010 às 08:58
Por: Caroline Rodrigues

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A quantidade de estudantes reduziu em Mato Grosso nos últimos 2 anos, passando de 923 mil para 904 mil. A média de alunos matriculados na educação infantil e ensinos fundamental e médio está abaixo da nacional. Enquanto o número de crianças entre 4 e 5 anos na escola é de 74,8% no Brasil, o Estado tem a porcentagem de 65,1% e ocupa o 9º lugar. Os dados foram divulgados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2009, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O coordenador do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e doutor em Educação e Políticas Públicas, Delarim Martins, explica que a redução acontece devido a estabilidade na taxa de natalidade e também da correção de fluxo escolar, na qual os alunos, com idade acima da série que frequentam, passam por um processo de aceleração e saem mais rápido do cadastro de sistema educacional.

Quanto ao índice de crianças entre 4 e 5 anos, Martins esclarece que até o ano de 2009 as escolas eram obrigadas a receber alunos com no mínimo 6 anos e a emenda constitucional 59/2009 reduziu a idade para 4 anos. Um decreto de regulamentação dá o prazo para inserção da faixa etária até o ano de 2014.

Como o Estado está abaixo da média nacional, pode-se concluir que os municípios, responsáveis pela educação infantil, estão se preparando para implantação da lei de maneira lenta.

Universidade - Após a conclusão do ensino médio, a quantidade de pessoas que chegam ao ensino superior é pequena, assegura o especialista. A maior parte é mulher porque durante a adolescência os meninos envolvem-se mais em ações criminosas, como o tráfico de drogas, e acabam desistindo dos estudos.

Neste momento, a educação depende também de recursos financeiros, já que nem todos têm acesso a uma vaga em instituições públicas. No ano de 2009, cerca de 51,5% dos acadêmicos matricularam-se em faculdades particulares e 48,5% em públicas.

O acesso das pessoas ao ensino superior aumentou, conforme Martins, devido a programas como o Prouni, mas a disponibilidade de recursos ainda não atende a demanda.

Analfabetismo - Entre 20 e 24 anos, o PNAD registra o ápice do tempo de estudo, que na região Centro-Oeste é 10,2 anos. Nas faixas etárias seguintes o tempo reduz, até chegar a população com mais de 60 anos, que estudou em média 3,8 anos. Nesta etapa também há o maior índice de analfabetismo regional, que chegou a 3,8%, que é menor que a média nacional, 4,1%, e deixa o Centro-Oeste em 3º lugar, atrás das regiões Sudeste (4,7 %) e Sul (4,4%).

A pesquisa do IBGE mostra que a maior parte dos analfabetos são mulheres e estão acima dos 25 anos. A região tem 852 mil analfabetos, sendo que 394 mil são do sexo masculino e 458 mil do sexo feminino.

Apenas 3,1% da quantia tem entre 10 e 24 anos. O restante, 96,9%, tem mais de 25 anos, sendo que 45% são homens e 55% mulheres. Na análise do doutor, a situação é um reflexo cultural.

Caso haja um estudo mais específico, as pessoas são, em grande parte, provenientes da zona rural. Antes, as famílias acreditavam que a mulher não precisava estudar porque o responsável em garantir a renda doméstica era o marido.





Fonte: A Gazeta

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