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Educação/Vestibular
Quarta - 04 de Agosto de 2010 às 13:06

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O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), José Joaquim Soares Neto, disse nesta quarta-feira (4) que o órgão vai rastrear os arquivos e ver quem é o responsável pelo vazamento de informações sigilosas dos estudantes inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ocorrido na terça-feira (3), no site do órgão, que é responsável pela organização da prova.

Os dados disponíveis no site eram de estudantes inscritos nos exames de 2007, 2008 e 2009. Foram exibidas informações como nome, RG, CPF, notas e número da matrícula, que deveriam ser mantidas em sigilo. 

"A senha é dada às 231 instituições que as utilizam para os seus processos seletivos. Elas entravam no sistema e pegavam os dados cadastrais. A instituição tinha o compromisso de ter o dado reservado. Vamos fazer um rastreamento de todas as instituições que acessaram os dados para ver que melhor atitude administrativa vamos tomar", disse o presidente do Inep.

Segundo José Joaquim, haverá uma auditoria para apurar responsabilidades e os dados estarão bloqueados para a universidades até o resultado da investigação. "Arquivos estarão inacessíveis enquanto esta auditoria durar. Esperamos até o final da semana que os dados estejam novamente acessíveis às universidades via senha", afirmou.

Ainda de acordo com o presidente do Inep, as informações eram reservadas e não sigilosas. "Os dados já tinham sido divulgados às instituições. Não eram dados sigilosos, eram dados reservados".

Mais cedo, o Inep divulgou uma nota informando que os dados dos inscritos, armazenados no banco do instituto, eram colocados numa "área reservada do site, com endereço específico, e liberados para as Instituições de Ensino Superior (IES) e Secretarias de Educação que solicitassem para utilização nos seus processos seletivos. Essas instituições se comprometiam a não divulgar os dados e teriam acesso mediante usuário e senha."

Ainda de acordo com a nota, tão logo informado que o endereço em área reservada havia se tornado público, o Inep "fechou o endereço específico."

Para finalizar, a direção do Inep informou que "apura causas e responsabilidades que provocaram o ocorrido."

O Ministério da Educação (MEC) também já afirmou que vai apurar o que houve e já admite até a possibilidade de demissão dos responsáveis. Segundo o Inep, a falha não compromete o resultado das três últimas edições do exame.

No ano passado, o MEC cancelou provas do Enem depois que os exames foram roubados de dentro da gráfica responsável pela impressão do material.






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