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Saúde
Segunda - 12 de Julho de 2010 às 07:36

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Um novo estudo, feito no Canadá, mostrou que a incidência de derrame é maior entre os moradores de áreas poluídas da cidade de Edmonton. Entretanto, quando os pesquisadores consideraram o nível de renda dos participantes, os efeitos da poluição desapareceram. A pesquisa foi publicada no periódico "Stroke".

Trabalhos anteriores já revelaram que a exposição à poluição por um prazo curto pode aumentar o risco de mortes relacionadas a derrame, mas os efeitos da exposição a longo prazo não foram estudados.

Os cientistas analisaram dados ambientais e relativos à saúde colhidos entre 2003 e 2007, em Edmonton, uma cidade cercada por indústrias poluentes, como a de gás. Eles descobriram mais de 7.300 hospitalizações por derrame e cruzaram esses dados com os níveis de poluição por distrito.

Embora uma primeira olhada nos números tivesse sugerido uma associação entre exposição a longo prazo à poluição e aumento do risco de derrame, quando foram consideradas características de cada região, como nível de renda, o aumento do risco desapareceu.

Apenas os moradores de áreas sujeitas a engarrafamentos aparentaram ter um risco maior de derrame, mas até mesmo nesse caso a poluição é apenas uma das explicações possíveis. Segundo os pesquisadores, o fato também pode ser explicado pela tendência de pessoas mais propensas a um derrame e com maior necessidade de acesso a grandes centros de saúde viverem em áreas de tráfego mais intenso.

Os autores reconhecem que seus resultados contradizem não só pesquisas anteriores sobre derrame como um estudo canadense similar sobre uma possível conexão entre poluição e doença cardíaca.

Eles recomendam cuidado na interpretação dos resultados porque as razões para as discrepâncias não estão totalmente claras. Pessoas de status sócio-demográfico mais baixo podem, por exemplo, ter mais chance de fumar e de ser mais sedentário ou de estar expostas a outros fatores que podem aumentar o risco de derrame. 





Fonte: Reuters

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