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Saúde
Quinta - 08 de Julho de 2010 às 01:06
Por: Lígia Formenti/de Brasília

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Os casos de dengue no País subiram 120% ante 2009. Até 1.º de maio foram registrados 737.756 pacientes com suspeita da doença - 2,2 vezes a mais que no mesmo período do ano passado, quando foram identificadas 335.265 infecções. Ao divulgar os dados, o governo se mostrou preocupado não apenas com o comportamento da epidemia neste ano, mas com o risco de que a situação se agrave em 2011.

Doze Estados e o Distrito Federal têm alta incidência da infecção - mais de 300 casos por 100 mil habitantes. Outros três Estados apresentam incidência média da doença - até 100 casos por 100 mil habitantes. São Paulo é o Estado que apresenta maior número de casos de dengue: 185.966 - 3.980% a mais que em 2009. Em seguida, vêm Minas (158.207 casos) e Goiânia (80.055). Esses Estados, ao lado de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre, respondem pela maior parte dos casos: 577.313.

Até agora foram confirmadas 321 mortes provocadas pela infecção. Os números mostram que a maior parte das mortes ocorreu em São Paulo: 99 registros. Mato Grosso do Sul tem 36 registros e Mato Grosso, 34. O vigor da doença já era notado no início do ano. Em fevereiro, como reportagem do Estado revelou, cinco Estados registravam municípios com epidemia.

Em comunicado, o ministério diz que o aumento no número de casos pode ser explicado, em parte, pela volta de circulação do tipo 1 da dengue no país, que circulou com maior intensidade na década de 90 e voltou a predominar em alguns Estados no final de 2009. No Brasil, circulam três "versões" do vírus (chamados sorotipos): 1, 2 e 3, diz o governo.  

- Embora os sintomas da doença sejam iguais para os três tipos de vírus, a circulação ocorre de forma heterogênea nos Estados. Quando um indivíduo contrai a doença por um sorotipo, fica imunizado apenas contra ele. Posteriormente, pode ser novamente infectado por outro sorotipo. E, quando o paciente contrai a doença mais de uma vez, aumenta o risco de desenvolver formas graves de dengue.

O ministério também cita fatores como o aumento da temperatura e a intensificação das chuvas, acúmulo de lixo e irregularidade na distribuição de água em muitos municípios brasileiros como fatores para o aumento da gravidade da questão da dengue no Brasil.






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