Tangará da Serra: com aula na rua, João Batista chama atenção para situação precária da escola

A greve na rede estadual de ensino iniciada nesta segunda-feira tem mobilizado manifestos em escolas de Tangará da Serra. Na escola João Batista os alunos tiveram aula na rua. Cadeiras foram colocadas na Avenida Ismael José do Nascimento (Rua 1) como forma de manifesto pela situação precária da estrutura da escola.

 

 

A João Batista é uma das escolas que espera a promessa feita pelo governo do Estado, de construção de um novo prédio. Professores e demais servidores da escola que convivem de perto com a situação sabem dos riscos que correm dentro da escola. Mesmo assim, se arriscam para não deixar que os alunos fiquem sem aula.

 

 

Para o professor Jurandir da Costa Marques, a ação de realizar a aula na rua, foi justamente com o propósito de chamar atenção quanto às reivindicações da classe que está em greve. “Chegamos a esse momento que não gostaríamos de chegar, porque isso provoca distúrbios na própria cidade. Temos que tomar a rua, o que prejudica os transeuntes. Mas infelizmente não temos alternativa e nossos gestores trabalham sob pressão”, desabafa.

 

 

E justamente nessa época em que o calendário se aproxima e os políticos esperam por voto, afirma o professor, é que haverá a cobrança do que foi prometido. “Essa ação foi um pontapé. Vamos dar continuidade, com outras aulas na rua em frente ao colégio”, destaca.

 

 

Para se ter ideia da situação de calamidade pública de algumas escolas estaduais de Tangará, uma das salas da Jada Torres localizada no bairro Dona Júlia, está interditada há oito anos e sem outra opção, continua tendo aulas, comprometendo a segurança de professores e alunos. Ela oferece o risco de desabamento. Os problemas da escola não param por aí: rachaduras, quadras descobertas em péssimas condições de uso, fiação exposta e teto desabando são problemas rotineiros.

 

 

Na escola Bento Muniz, a situação é de uma reforma não concluída. Problemas na rede elétrica prejudicam a instalação de ares- condicionados. As janelas de vidro estão quebradas e oferecem risco aos alunos que tentam forçá-las na tentativa de abri-las. Há mais de dez anos, a escola aguarda pelo término da reforma e a tão sonhada quadra coberta.