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Meio Ambiente
Sexta - 25 de Junho de 2010 às 08:17
Por: Renê Dióz

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O desmatamento da Floresta Amazônica sofreu redução nos dois últimos meses analisados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), mas Mato Grosso não deixou de figurar como um dos principais causadores dos danos. Segundo o levantamento, dos 65 quilômetros quadrados (km²) devastados em abril, 59% foram em Mato Grosso. O Estado não ficou como primeiro desmatador da floresta em maio, quando 96 km² de vegetação foram devastados, mas a participação em 26% dos danos assegurou ao Estado o segundo lugar na Amazônia Legal.

A redução anunciada pelo Imazon é constatada na comparação de cada mês com o mesmo período do ano passado. O desmate em abril, por exemplo, foi 47% menor do que o mesmo mês em 2009. Depois de Mato Grosso, o estado que mais desmatou foi o Pará (23%). Para maio, a comparação revela uma queda de 39% na devastação, tendo como principal agente o estado do Amazonas. Em abril, o município que mais desmatou foi Porto dos Gaúchos. Outros seis municípios também aparecem na lista dos dez mais críticos de abril; em maio, somente Juara.

Entretanto, o cruzamento de dados não indica somente redução. O Imazon sempre compara a atividade em ciclos anuais e, no caso, identificou um leve aumento da atividade desmatadora na comparação entre dois ciclos: de agosto de 2008 a maio de 2009 e de agosto de 2009 a maio deste ano. O total de 1.161 km² desmatados no último período foi 7% superior ao registrado no anterior.

Por outro lado, o Imazon registra uma ressalva que sempre influencia na análise dos dados em Mato Grosso, a de que os dados de desmatamento deste último boletim podem estar “subestimados”. Isso porque a cobertura de nuvens na região da Amazônia Legal só teria permitido aos satélites a visualização e o monitoramento de 45% a 50% da floresta em abril e maio, respectivamente. Na maioria das vezes, estados como Amazonas e Pará aparecem aos satélites com alta incidência de nuvens enquanto Mato Grosso quase que totalmente livre delas.






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