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Saúde
Sábado - 19 de Junho de 2010 às 00:06

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Em um século de pesquisas pelo mundo, os cientistas já descobriram como melhorar a qualidade de vida dos hipertensos.

Mas ainda há muito que fazer. O uso de medicamentos redutores da pressão de forma contínua e orientada pelos médicos continua a ser a principal estratégia de controle da hipertensão.

Ha mais de 20 anos, a doença é alvo de estudos na Universidade Federal de Minas Gerais. E os pesquisadores mineiros já encontraram na natureza boas respostas para muitas dúvidas que ainda cercam a doença. Nos laboratórios da universidade, devem sair, no futuro, medicamentos que são capazes de controlar a pressão arterial e de combater os efeitos colaterais, provocados pela hipertensão.

Uma substância produzida pelo próprio organismo humano é à base de um novo medicamento. Esse remédio tem conseguido controlar a pressão de mulheres grávidas, que sofrem de pré-eclâmpsia, uma doença que pode matar a mãe ou o bebê.

A operadora de telemarketing Cínthia Carvalho da Silveira foi internada no sétimo mês de gravidez para evitar problemas. “Se eu não tivesse consulta naquele dia, eu nem iria saber que a minha pressão estava 18 por 11”, conta.

Os remédio convencionais nem sempre podem ser usados pelas grávidas. O novo medicamento não tem efeitos colaterais e não ameaça a gestação.

“Como estamos trabalhando com um princípio que é endógeno, que é produzido pelo próprio organismo, ele pode ser usado em grávidas. Com isso, esperamos poder viabilizar que a gravidez chegue a termo, com o controle do quadro clínico dessas pacientes”, aponta o pesquisador Robson Santos, da UFMG.

O escorpião amarelo pode salvar vidas, com o mesmo veneno que mata. O acaso ajudou os pesquisadores que buscavam um antídoto para a dolorosa picada, e eles descobriram nessa substância um poder que nem conheciam.

“Fizemos teste em animais de pequeno porte e vimos que ela pode abaixar a pressão para até três dias, agindo diferentemente do que ocorre com outros medicamentos já conhecidos contra o aumento da pressão arterial”, destaca o pesquisador Adriano Pimenta, da UFMG.

E, no veneno da aranha armadeira, outra surpresa. Além de abaixar a pressão arterial, ele pode facilitar a ereção, ao contrário da maior parte dos medicamentos anti-hipertensivos, que causam a impotência.

“Isso foi descoberto, porque pacientes chegavam aos hospitais com uma ereção prolongada e dolorida que se chama priapismo”, conta a pesquisadora Maria Elena de Lima, da UFMG.

Assim foi isolada mais uma molécula de combater a hipertensão. Observando a medicina popular, os especialistas investiram na mangaba. O chá da casca já era muito usado. E a folha forneceu um remédio ainda mais potente e mais barato que livra o paciente também do fantasma da impotência.

“Nós estamos em fase de estudo com a planta, mas até agora tudo indica que não tem esse efeito colateral. Além do mais, entre outros mecanismos de ação da planta, ele é um vaso dilatador. Baseado nisso, poderia até melhorar a função”, destaca a pesquisadora Virgínia Soares Lemos, da UFMG.






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