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Educação/Vestibular
Quinta - 17 de Junho de 2010 às 14:43

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Os projetos “O SPE no movimento sindical em MT” e “Saúde e Prevenção: direito de todos”, desenvolvidos pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) e pela Escola Estadual Padre José Maria do Sacramento, de Nova Brasilândia, a 223 km de Cuiabá, respectivamente, foram selecionados pelos Ministérios da Saúde e da Educação. Os trabalhos foram expostos na I Mostra Nacional do Programa Saúde na Escola e IV Mostra Nacional do Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas, de 13 a 15 de junho, em Brasília (DF).

Com o tema central “Tecendo redes para a promoção da saúde e educação”, o evento promoveu diversas oficinas, Conversas Afiadas, Mesas-redondas e Comunicação Coordenada. O principal objetivo é alertar as escolas para a importância de considerar, além do conhecimento científico, o conhecimento advindo da sociabilidade dos indivíduos escolares. “Nesse aspecto, é relevante a existência de um currículo que permita pensar em rede, que favoreça o encontro de opiniões e o investimento na formação dos educadores”, salientou a vice-presidente do Sintep/MT, Jocilene Barbosa.

Além das mostras, ela e o secretário de Políticas Educacionais, Henrique Lopes, participaram de outras atividades referentes ao projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), como o seminário de formação para os coordenadores do SPE nas instituições sindicais filiadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), nos dias 10 e 11. Foram discutidos temas como sistema de saúde, políticas públicas de prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), direitos das pessoas que convivem com o vírus HIV, políticas de prevenção às hepatites virais (que também integrará as temáticas do SPE por se tratar de doença sexualmente transmissível), e combate à homofobia.

Formação entre pares - As atividades da pré-mostra, nos dias 12 e 13, reuniram, além dos sindicalistas, representantes das Secretarias Estaduais de Educação e de Saúde, dos Grupos Gestores Estaduais e jovens. O destaque foi a realização de oficinas do Guia de Formação para Adolescentes e Jovens, resultado de uma reivindicação do próprio segmento juvenil. “Assim, é possível trabalhar a formação entre pares, em que jovens falam com os jovens, com uma linguagem mais próxima e que facilite a multiplicação desses temas”, destacou Henrique Lopes. Para isso, é preciso quebrar tabus e transpor preconceitos. “O principal desafio é fazer com que atividades ligadas à saúde e prevenção não fiquem apenas nos corredores das escolas”.

Na oportunidade, a coordenadora do projeto de Nova Brasilândia, Rosane Behling, apresentou um vídeo desenvolvido pelos alunos da Escola Estadual Padre José Maria do Sacramento. “Primeiro, os professores participaram de palestras e oficinas, que possibilitaram o aprendizado sobre como tratar os temas relacionados à saúde e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis no ambiente pedagógico”. Já capacitados, os professores levaram, então, os temas para a sala de aula.

Os conhecimentos adquiridos pelos alunos foram transformados em peças teatrais e, posteriormente, em filmes. Além do público interno, as apresentações contemplaram toda a população. “Nesse sentido, queremos implantar, em parceria com as Secretarias de Educação e Saúde, o Grupo Gestor Municipal (GGM) para ampliar esta e outras ações a todas as escolas, entidades e sociedade de um modo geral”, ressaltou a professora. De acordo com ela, a aceitação do público na mostra foi muito boa. “As pessoas elogiaram a iniciativa, principalmente o empenho dos estudantes, responsáveis por todo o trabalho, desde a elaboração do roteiro à filmagem”, contou Rosane Behling.

O Projeto – Lançado em 2003, o SPE tem como objetivos reduzir a vulnerabilidade de adolescentes e jovens, as DSTs, a infecção pelo HIV e a gravidez não planejada, por meio de ações articuladas entre as escolas e unidades básicas de saúde. Segundo dados apresentados pelo Ministério da Saúde, o número de casos de Aids se estabilizou no País há oito anos. Mas os jovens, principalmente as meninas, têm demonstrado maior vulnerabilidade à infecção.

O Sintep/MT é parceiro desde 2007, assim como a CNTE, por meio da iniciativa da Internacional da Educação (IE). Desde então, o Sindicato atua tanto internamente, por meio dos seminários de formação, quanto nas articulações externas com as Secretarias de Estado de Educação e de Saúde, e Organizações Não Governamentais (ONGs), contribuindo nas proposições de políticas públicas de promoção da saúde e prevenção destas doenças.






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