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Copa do Mundo 2010
Terça - 15 de Junho de 2010 às 11:23

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Técnico do Brasil durante a Copa Mundo de 1990, na Itália, Sebastião Lazaroni já acompanhou de perto a "misteriosa" Coreia do Norte. Os asiáticos disputaram um torneio amistoso no Catar, onde venceram Mali e a seleção anfitriã -- ambos pela contagem mínima --, nos dias 27 e 30 de dezembro do ano passado, e o treinador estava lá.

Comandante do Qatar SC, time da primeira divisão local, Lazaroni filmou as partidas e resolveu enviar o material para a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). "Sei como é importante para a comissão técnica da seleção ter o máximo de informações sobre os adversários numa Copa", diz, antes de completar: "A CBF não me solicitou nada, mas não me custou tomar essa iniciativa e ajudar. Mandei por um dos meus filhos para que entregasse aos responsáveis. Fiquei feliz em ter condições de dar minha contribuição".

 

  Divulgação  
Entrevista Lazaroni
Lazaroni ganha prêmio de melhor técnico da temporada, no mundo árabe




Segundo ele, "os coreanos não fogem às características da escola asiática". "São aplicados taticamente e procuram jogar em velocidade. A equipe faz o feijão-com-arroz e eles não costumam ter pressa, mesmo em situação adversa. Mas não têm experiência", afirma.

Lazaroni acredita que o oponente se encontra em um nível inferior não só ao escrete canarinho, como em relação a Portugal e Costa do Marfim, demais integrantes do Grupo G. Apesar disso, faz questão de frisar: "Por ser a segunda vez que disputarão uma Copa, os coreanos serão uma novidade. Acho que o Brasil pode ter poucas dificuldades contra times asiáticos, mas uma estreia é sempre um momento de tensão".

Hexa

O quinteto formado por Itália, Alemanha, Argentina, Espanha e Inglaterra é citado como também favorito ao título na África do Sul, porém o experiente técnico é enfático: "O Brasil tem totais condições de ser campeão".

"Costumo dizer que Copa do Mundo é um campeonato diferente de todos os outros. Além disso, é o primeiro Mundial no continente africano e com a possibilidade de ter temperaturas bem mais baixas do que o clima tropical, por exemplo. Ainda tem a altitude, que é pequena, por volta de 1.700 metros. Mas sou otimista sobre o trabalho de Dunga e torço para que tenha sucesso", conta.

De acordo com ele, a atual função de seu ex-camisa 5 não lhe parece novidade. "Desde a época de jogador, ele sempre mostrou liderança. É sério, trabalhador e determinado. Sabe o que quer. Espero que Dunga e a sua comissão técnica possam trabalhar com tranquilidade e com o apoio de todos. As críticas podem surgir em alguns momentos, mas Dunga deve estar consciente de que está fazendo o seu melhor. Hoje temos que pensar em unir forças para torcer pelo Brasil".






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