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Educação/Vestibular
Quinta - 22 de Abril de 2010 às 23:19

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Apesar de estarem sofrendo pressão de grupos ligados à prefeitura municipal de Cláudia, a 608 km da Capital, os trabalhadores da educação continuam em greve. A paralisação completou um mês no dia 16 de abril e, desde 22 de março, os profissionais estão acampados em frente ao prédio do Poder Executivo. “Registramos um Boletim de Ocorrência (BO) denunciando as ameaças sofridas”, informou o presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Edson Sauthier.

Segundo ele, uma professora que filmava a manifestação da categoria teve o braço apertado, deixando a câmera cair no chão. “Durante o ato público de ontem (21), tivemos outras situações como essa, com o intuito de intimidar o movimento, mas isso tornou nosso movimento mais forte ainda”, ressaltou. Os trabalhadores da educação enfrentam ainda outro problema. De acordo com o sindicalista, o prefeito Vilmar Giachini divulgou na imprensa local que os profissionais estariam recebendo multa diária de R$ 5 mil. “A greve não foi considerada ilegal e fizemos uma denúncia na Promotoria Pública contra essas declarações”, disse.

Mesmo diante desses problemas, os sindicalistas contam com o apoio da maioria dos pais de alunos. Após uma reunião com a categoria, no dia 16 de abril, alguns deles coletaram assinaturas em favor das reivindicações da categoria. “Eles entenderam a nossa luta, que não é só pelo piso salarial, mas por melhor material didático para todas as escolas públicas, construção imediata das escolas nos assentamentos do município, e direitos iguais a todos os alunos”, frisou Edson Sauthier.

Também integram a pauta de reivindicações, implementação do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), conforme determina a Lei 11.738/08, respeito ao plano de carreiras dos profissionais da rede municipal; pagamento das dívidas históricas para com a educação, principalmente relacionadas ao antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) dos anos de 2004, 2003, 2002 e 2001. “Todas essas questões interferem diretamente na qualidade de ensino, e o prefeito sequer negociou conosco este ano”, protestou. 

Impasse - A subsede do Sintep/MT procurou a prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Cláudia (SMEC) inúmeras vezes, mas de fevereiro de 2009 a fevereiro de 2010, as negociações foram interrompidas por parte do Executivo Municipal ancorado em argumentos infundados. Devido a esse impasse, no decorrer de 2009, os profissionais da educação da rede municipal fizeram duas greves, das quais conquistaram 8,26% de reajuste salarial e a afirmação, em cinco ofícios, do prefeito, que em janeiro de 2010 pagaria o piso salarial aos profissionais, o que não ocorreu.

À medida que a negociação emperrava, o desgaste entre trabalhadores e prefeitura aumentou a ponto de o prefeito ter exonerado toda a equipe da pasta de Educação. Com a troca no secretariado, o novo titular solicitou, ao final da reunião do dia 16 de março, mais 10 dias para retomar as negociações. Desde então, a categoria está em greve.






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