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Educação/Vestibular
Sexta - 16 de Abril de 2010 às 05:35

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Alunos e professores do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) são os próximos a realizarem greve por tempo indeterminado devido a carências estruturais e de pessoal no campus de Cuiabá. Ontem, os cerca de 300 alunos do curso iniciaram a paralisação com apoio dos professores. Eles seguem a linha do movimento grevista de aproximadamente 80 acadêmicos que, desde segunda-feira, bloquearam a entrada do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) por reivindicações semelhantes.

Pelo menos sete cursos estão em protesto contra a reitoria esta semana e a Associação dos Docentes da UFMT (Adufmat) já publicou nota de apoio ao movimento. Os motivos são problemas de estrutura nos prédios, equipamentos obsoletos, falta de técnicos e falta de professores, segundo o coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Daniel Bretas. Os estudantes e a reitoria devem se reunir na segunda-feira para debater a situação dos cursos que motivou as greves.

Mas, se depender da insatisfação dos estudantes, as paralisações devem se proliferar entre outros institutos e faculdades do campus de Cuiabá, cogita o coordenador do Centro Acadêmico de Comunicação Social, Adoniran Judson Magalhães. Ele informa que ainda faltam manifestações de diversos cursos sobre a paralisação iniciada na segunda-feira, mas mesmo aqueles que não aderem têm apoiado ou ainda estão discutindo a possibilidade – como Música e Letras.

No caso da Comunicação Social, pelo menos duas disciplinas estão sem professores para ministrá-las e a turma do sexto semestre de Rádio e TV praticamente já perdeu o período letivo. Segundo a estudante Juliana Segóvia, antes mesmo de se iniciarem os atuais protestos na UFMT o departamento de curso havia reclamando sem sucesso das carências com a reitoria.

Por sua vez, a turma já recolhia assinaturas para apelar ao Ministério Público Federal (MPF), a fim de resolver o problema. Ontem, em assembléia da Comunicação Social, outras assinaturas foram colhidas, mas desta vez do curso inteiro, contou Segóvia.

Ela frisa que a relação com a reitoria se tornou complicada depois que o departamento resolveu não seguir a administração superior e recusou adesão ao controverso Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Acontece que, agora, a crise na instituição é tão grave que até cursos que aderiram ao Reuni estão sofrendo com problemas estruturais e de pessoal.

GREVE – A greve no campus de Cuiabá foi iniciativa dos estudantes de cinco cursos do ICHS. Só para citar os problemas estruturais apontados, estão falhas graves como goteiras em salas de aulas e entupimento das tubulações dos banheiros – o prédio foi inaugurado há aproximadamente três anos. A reitora Maria Lúcia Cavalli Neder informou que vai analisar as reivindicações dos estudantes ponto a ponto na reunião que as partes marcaram para segunda-feira. (RD)






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