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Saúde
Sábado - 20 de Março de 2010 às 03:47

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O maratonista de 28 anos que corria na avenida Brasil, no último domingo (14), e foi atingido por uma árvore após uma chuva na capital paulista, teve os órgãos doados. Após autorização da família, foram doados coração, rins, pulmões, fígado, córneas e pâncreas do atleta – ele comentava com familiares sobre a vontade de que isso acontecesse.

 

De acordo com o Ministério da Saúde as regras para que alguém possa ser considerado doador de órgãos após a morte são os seguintes:

–  Ter identificação e registro hospitalar.

– Ter a causa do coma estabelecida e conhecida.

– Não apresentar hipotermia (temperatura do corpo inferior a 35ºC), hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central.

– Passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do tronco cerebral. Esses exames devem ser realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e de transplante.

– Ser submetido a exame complementar que comprove a morte encefálica, caracterizada pela ausência de fluxo sanguíneo em quantidade necessária no cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral.

– Estar comprovada a morte encefálica. Nessa situação o cérebro está morto, tornando a parada cardíaca inevitável. Apesar de ainda haver batimentos cardíacos, que vão durar apenas por algumas horas, o paciente não pode mais respirar sem os aparelhos.

O ministério ressalta que hoje, pela legislação brasileira, a retirada de órgãos e tecidos de pessoas mortas só pode acontecer após a autorização da família. Por isso, quem tem interesse em doar órgãos deve manter a família avisada, diz o governo.

– O passo principal para você se tornar um doador é conversar com a sua família e deixar bem claro o seu desejo. Não é necessário deixar nada por escrito. Porém, os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte.

Quando há morte encefálica podem ser doados os seguintes órgãos:

– Córneas (retiradas do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidas fora do corpo por até sete dias)

– Coração (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo seis horas)

– Pulmão (retirados do doador antes da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por no máximo seis horas)

– Rins (retirados do doador até 30 minutos após a parada cardíaca e mantidos fora do corpo até 48 horas)

– Figado (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas)

– Pâncreas (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas)

– Ossos (retirados do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por até cinco anos)

– Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue)
– Pele.

– Válvulas cardíacas

Os potenciais doadores são identificados principalmente pelas centrais estudais de transplantes, que em geral são avisadas pelos hospitais em que os pacientes estão internados de que aquele se trata de um caso de morte encefálica. Essas centrais fazem o encaminhamento para que os órgãos e tecidos sejam doados e cheguem até o receptor. 





Fonte: Do R7

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