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Saúde
Terça - 16 de Março de 2010 às 13:10

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Pesquisadores reunidos no congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, em Foz do Iguaçu, criticaram o uso de produtos químicos nas ações contra o mosquito da dengue no Brasil. Para eles, é necessário que o setor de saúde busque uma atuação em parceria com outras áreas, como a de saneamento, para o controle da doença, além de alternativas a inseticidas e larvicidas, que, afirmam, põem em risco a saúde humana.

- Para eliminar o mosquito, daqui a pouco vamos eliminar nós mesmos, afirmou Lia Giraldo da Silva Augusto, especialista em risco químico da Fundação Oswaldo Cruz de Pernambuco e que vem, nos últimos anos, cobrando da pasta uma mudança na estratégia contra a dengue.

- Temos de sair de um programa paternalista a clientelista para um que promova a saúde. Enquanto não tomarmos medidas de saneamento haverá a necessidade de estratégias que tragam risco à população, afirmou Lia, que destacou o potencial carcinogênico e imunodepressor de alguns produtos. Presente no evento, o diretor de vigilância epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage, não quis comentar.

Segundo os cientistas, não têm ocorrido investimentos na análise de efeitos dos produtos aplicados em fumacês e pratinhos de plantas sobre a população - os trabalhos costumam enfocar pessoas que trabalham com os inseticidas.

De acordo com Lia, a população não é comunicada sobre os possíveis riscos dos produtos e costuma inclusive cobrar seu uso durante epidemias. "Os agentes de saúde chegam até mesmo a chamar isso de remédio."


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




Fonte: AE

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