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Educação/Vestibular
Sábado - 06 de Março de 2010 às 08:21
Por: Renê Dióz

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Cerca de 23 mil estudantes ficarão sem aulas na rede pública de Várzea Grande a partir do dia 10, quarta-feira. Este deve ser o efeito da greve anunciada ontem pelos professores municipais, insatisfeitos com a falta de negociação com a prefeitura em torno da questão salarial. Em assembleia, pouco mais de 500 profissionais, representando todas as escolas municipais, aprovaram a paralisação por unanimidade e por tempo indeterminado.

“Tenho certeza de que a partir do dia 10, teremos 100% dos trabalhadores parados”, anunciou a sindicalista Maria Aparecida Cortez, presidente da subsede várzea-grandense do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), explicando também que, ao contrário de outros setores, os trabalhadores da educação não são obrigados a manter qualquer contingente mínimo de trabalhadores na ativa durante as greves da categoria.

“E a Educação municipal está avisada desde o dia 22 de fevereiro. A greve é responsabilidade dela. Falta gestão pública e o nível de insatisfação dos trabalhadores com os desmandos da Secretaria de Educação é muito grande”, completou.

A categoria sai à luta contra o que Cortez considera “um dos piores pisos salariais para professores de Mato Grosso, senão o pior”. Há cinco anos sem reajuste, o piso de R$ 656 poderia ser aumentado em 18% sem prejuízos ao orçamento municipal, argumentam os professores. Entretanto, o município teria informado ao Sintep que um novo reajuste salarial só seria possível em 2011. Os profissionais também reclamam da falta de pagamento de adicional por período noturno e da negação por parte do município em conceder licenças médicas, entre outros.

O aviso oficial do início da greve foi entregue ontem, segundo o Sintep, às 14h. Portanto, respeitando-se o prazo formal, a paralisação só deve ser deflagrada a partir de quarta-feira. Na data marcada, os professores devem se concentrar às 8h na sede do Sintep e realizar uma passeata de protesto até a igreja Nossa Senhora do Carmo, passando pela avenida Couto Magalhães.

Sobre a greve iminente, a prefeitura recebeu esta informação de surpresa, como afirmou ontem o secretário municipal de Educação, Isac Nassarden. “Entendo até como um ato de incoerência por parte do Sintep”, avaliou, mencionando que categoria e município têm mantido debates que, em nenhum momento, sinalizaram a necessidade de uma paralisação. “De qualquer forma, a prefeitura não pode acatar medidas intempestivas e vai tomar as medidas administrativas para evitar a paralisação. Não vai faltar vontade para isso porque, senão os prejudicados serão os estudantes”, assegurou o secretário.






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