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Saúde
Sexta - 26 de Fevereiro de 2010 às 08:44
Por: Joanice de Deus/Renê Dióz

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Cuiabá registrou ontem mais uma morte suspeita de dengue. A vítima foi um garoto de apenas 5 anos, morador do bairro Osmar Cabral. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o garoto estava internado na Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá há 13 dias. É a quarta morte registrada por dengue em Cuiabá e a segunda atualmente em investigação. Apenas uma foi confirmada e outra foi descartada.

Os números e os casos suspeitos têm sido o suficiente para que a administração municipal radicalize o combate à dengue. E a população tem sentido tal mudança de conduta. A dona-de-casa Maria Aparecida da Silva Clarindo, por exemplo, estava dormindo quando o imóvel abandonado ao lado de sua casa, que fica na rua João Félix, no bairro Lixeira, começou a ser demolido por máquinas da Secretaria de Infra-estrutura (Seminfe) de Cuiabá. O lugar era considerado como foco de procriação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

Enquanto isso, a aproximadamente 200 metros dali, o chafariz que fica na praça do bairro, na rua Antônio Belém, estava cheio de água parada e de lodo, o que também era motivo de preocupação.

Segundo Frank Lopes da Costa, que é primeiro-secretário da Associação de Moradores, é a própria entidade que joga semanalmente cloro no lugar. Mas, como a presidente da associação estava viajando, há uma semana o produto não era jogado e não era feita a limpeza da fonte.

“A prefeitura que deveria colocar, mas é a associação que vem mantendo (o serviço)”, disse. O custo semanal é em torno de R$ 60. “Há a questão da dengue, o risco, deve haver algumas larvas”, acrescentou.

Já a demolição da construção abandonada há pelo menos 10 anos aumentou a preocupação da dona Maria Aparecida. “O terreno ficou totalmente aberto, as pessoas podem jogar é mais lixo”, disse. “Espero que a prefeitura cobre (o muro) do dono, se não fechar pode piorar”.

Ela reconheceu que no local havia materiais que acumulavam água. “Direto a gente virava os vasilhames e abrimos até um buraco embaixo de um depósito para escorrer a água”, comentou Maria Aparecida se mostrando preocupada também com a segurança.

Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) garantiu que agentes de saúde têm feito o monitoramento no chafariz do bairro e, sendo encontradas larvas, elas são encaminhadas para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) para análise e, se confirmando risco, as providências são tomadas pelas secretarias afins.

Este é o terceiro imóvel derrubado pela administração municipal. No domingo passado, a Seminfe também “patrolou” uma construção inacabada, localizada no canteiro central da avenida Historiador Rubens de Mendonça (também conhecida como CPA), ao lado de um posto de combustível. Outra destruição aconteceu no dia 9 passado, no Alvorada.

Nos próximos dias, pelo menos mais um imóvel, localizado na rodovia Emanuel Pinheiro, em frente à Fundação Bradesco, no Jardim Vitória, ainda deve ser derrubado.

A medida extrema, segundo a administração municipal, faz parte do programa “Todos Contra a Dengue”, iniciativa desenvolvida pela prefeitura em conjunto com associações de bairros e movimentos comunitários, além do acompanhamento do Ministério Público Estadual.






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