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Segunda - 22 de Fevereiro de 2010 às 12:49
Por: Romilson Dourado

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Antero Paes de Barros, que avalia as hipóteses de concorrer novamente ao Senado ou a deputado estadual, alçou vôo nas "asas" do ex-governador Dante de Oliveira (já falecido), assim como foi a trajetória de Jonas Pinheiro, que morreu em fevereiro de 2008, "colada" no ex-governador Júlio Campos. Antero é um dos líderes polêmicos do PSDB. Ex-vereador por Cuiabá, ex-deputado federal constituinte e ex-senador, ele ganha o noticiário toda época de campanha por causa de suas posições duras contra adversários e até em relação a aliados. Esta será a segunda vez que o tucano deve encarar um pleito sem Dante para carregá-lo. Quer agora "colar" em Wilson Santos.

Jonas Pinheiro agia assim. Em 79, no governo Frederico Campos, ele foi nomeado presidente da extinta Emater (hoje Empaer). Aliás, por coincidência, 31 anos depois, o irmão de Jonas, Leôncio Pinheiro, comanda a Empaer. Carregado por Júlio Campos, Jonas se elege deputado federal em 82 pelo velho PDS, que se transformou em PFL, que virou DEM. Naquele mesmo pleito, Júlio conquista o governo estadual. Nas eleições de 86, ganha para deputado federal com mais de 60 mil votos e "puxa" Jonas, que se reelege, e Ubiratan Spinelli.

Em 90, Jonas cola ainda mais em Júlio, ao adotar na campanha o slogan "Vote nos 3J (Jayme para governador, Júlio para senador e Jonas para deputado federal). A estratégia deu tão certa que Jonas foi o federal mais votado. Os três saíram vitorosos de um pleito tumultuado e marcado por contagem de votos. Quatro anos depois (94), Jonas "cola" em Jayme Campos, então governador, e se elege senador. A partir daí, Jonas começa a procurar "outro corpo" para se abastecer na política e é acolhido por Blairo Maggi. Assim, se reelege senador em 2002 e se afasta mais dos Campos.

Antero de Barros também se abasteceu na política no corpo de Dante, principalmente quando este tinha o poder da caneta, seja como prefeito de Cuiabá, seja como governador. A era Dante começa em 85 com sua eleição para prefeito, pelo PMDB. Antero, então vereador, se juntou a Dante e, logo em seguida (86), se elege deputado federal constituinte, tendo Dante como principal cabo eleitoral. Em 90, o grupo rompe com Carlos Bezerra e vai para o PDT, enquanto Antero, combinado com seu padrinho político, adere ao PT, pelo qual sai candidato a federal, com objetivo de chegar ao menos a 10 mil votos para se somar à votação de Dante. Com cerca de apenas 5 mil votos, Antero frustra o grupo e a coligação PDT-PT não atinge o quociente eleitoral, mesmo Dante sendo o mais votado.

Nas eleições de 94, Dante ganha para governador e Antero, que perde para o Senado, volta a conquistar força como secretário da Casa Civil e de Comunicação do Estado. Em 98, com Dante governador, Antero vence para o Senado. Quatro anos depois, o ex-senador faz confusão no PSDB, levando Roberto França a romper com o grupo, e sofre derrota para o Palácio Paiaguás. Para piorar, leva junto Dante, derrotado ao Senado. Em 2006, sem Dante no poder, Antero é derrotado de novo para governador. Agora, ele volta a se movimentar por candidatura proporcional ou majoritária. Quer "colar" em Wilson Santos, embora, por enquanto, "sem muita liga".





Fonte: RD News

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