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Quarta - 03 de Fevereiro de 2010 às 14:51
Por: Patrícia Sanches

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Nem 20% dos democratas vão apoiar a candidatura do prefeito Wilson Santos (PSDB) ao governo do Estado. A avaliação é do polêmico deputado estadual Gilmar Fabris (DEM). Em entrevista ao RDNews, o democrata analisa que deve fracassar a aliança entre DEM e PSDB em torno da virtual candidatura do tucano. “Estamos muito distantes do PSDB e mais próximos do governo. Se Wilson for o candidato na aliança, acho que será um projeto fracassado”, dispara.

Sem papas na língua, Fabris é o primeiro líder expressivo dos democratas a admitir publicamente a resistência ao nome de Wilson. Embora não revelem, a maioria dos prefeitos e vereadores do partido tem estreita ligação com o governador Blairo Maggi (PR) e o vice Silval Barbosa (PMDB), pré-candidato a sucessão de Maggi, devido aos recursos estaduais transferidos para os municípios. Eles temem que o candidato de oposição vença o pleito e deixe de ajudar as cidades - veja aqui.

Devido à orientação da executiva nacional, aliada dos tucanos no projeto de “retomada” do Palácio do Planalto, o pré-candidato dos democratas no Estado à sucessão de Maggi, senador Jayme Campos, rompeu com a base aliada do governo e migrou para a aliança com o PSDB. Além da conjectura nacional, ele alega ter sido desprestigiado por Maggi e reclama da falta de diálogo com o republicano que, segundo Jayme, não ouve os aliados.

Apesar de denunciar a falta de simpatia de prefeitos e vereadores com Wilson, Fabris pondera que a aliança terá sucesso se o candidato do grupo for Jayme. Para definir o melhor nome, as cúpulas das duas legendas encomendaram uma pesquisa e vão divulgar o resultado em 25 de fevereiro. "Vai ser realizada a pesquisa, mas na minha opinião o nome a ser escolhido é do senador Jayme”, acredita.

Fabris nega desavenças com o prefeito e diz ser amigo de Wilson, com quem legislou à época em que o tucano era deputado estadual. O democrata acredita, inclusive, que um dia Wilson será o governador de Mato Grosso, mas avalia que não será em 2010. “Eu o aconselharia a não deixar a Prefeitura de Cuiabá. Ele é pré-destinado a ser governador, é um político persistente, mas agora acredito que a candidatura de Jayme é melhor”.

Segundo Fabris, caso a candidatura de Jayme seja confirmada, prefeitos e vereadores democratas devem esquecer a “rusga” com Wilson, demonstrar empenho na campanha e resistir à “tentação” dos recursos estaduais, que serão gerenciados por Silval a partir de 31 de março.

Perguntado sobre o risco da executiva nacional obrigar os prefeitos, vereadores e vices a apoiar o prefeito tucano, Fabris é enfático: “Canarana, Alta Floresta, Sinop e outros municípios não querem saber de Brasília. O que conta é a base e como ela pensa”, ressalta. Ele aproveita para fazer um prognóstico para o segundo turno. “Se Jayme, Wilson, Mauro e Silval disputarem o governo e o segundo turno for protagonizado por Silval e Wilson, ainda assim a base democrata terá mais facilidade em apoiar o peemedebista”, alerta.





Fonte: RD News

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