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Domingo - 21 de Julho de 2013 às 22:06

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O Consórcio VLT Cuiabá/Várzea Grande afirma por meio de nota que as investigações do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) quanto à suspeita de participação em cartel da empresa CAF Brasil, responsável por fornecer os vagões do modal, não têm qualquer relação com as obras realizadas em Mato Grosso. 

A resposta foi divulgada dias após vir a público as acusações de que a CAF, que tem sede na Espanha, estaria entre as cinco empresas investigadas no Brasil por supostamente terem combinado, e até superfaturado, preços na venda de carros de trens e de construção e manutenção de linhas ferroviárias em São Paulo e de Brasília. 

“A consorciada CAF Brasil vai colaborar plenamente com as autoridades e prestará todo esclarecimento necessário sobre o assunto quando assim for requerido por estas autoridades", completa a nota oficial do consórcio, que ainda conta com a participação das empreiteiras CR Almeida, Santa Bárbara Construções, Magna Engenharia e Astep Engenharia. 

Segundo delato da empresa alemã Siemens, pelo menos seis licitações no país teriam sido manipuladas por meio de um esquema do qual ela própria e a CAF fariam parte. 

A denúncia fez com que a Superintendência Geral do Cade deflagrasse a operação Linha Cruzada, no início do mês. Dados preliminares teriam apontado que as empresas concorrentes teriam gerado um sobre preço entre 10% e 20% em algumas obras. 

Caso seja confirmada a denúncia, elas poderão ser proibidas de concorrer em licitações por todo o país, além de pagar multa de cerca de 20% seus faturamentos brutos no ano anterior à abertura de processo. 

Na ocasião, o secretário Extraordinário da Copa, Mauricio Guimarães, usou o mesmo discurso do Consórcio VLT Cuiabá/Várzea Grande. Disse que não se manifestaria porque a acusação não interferiu no cumprimento do contrato entre a Pasta e o grupo de empresas que implantará o modal. 

Os 40 vagões, fornecidos pela CAF Brasil, subsidiária da multinacional espanhola, estão orçados em R$ 12,450 milhões cada um. Eles têm previsão de chegar a Mato Grosso em outubro. A data já está atrasada, devido a problemas enfrentados no translado da carga. 

O prazo inicial para o início da entrega dos carros era maio. Posteriormente, foi adiado para julho e agora, segundo o secretário, é o dia 1º de outubro. 

Além do valor total de R$ 497 milhões pelos carros do VLT, a CAF Brasil recebeu, em abril deste ano, uma isenção R$ 150 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O benefício foi concedido por meio do Prodeic – principal programa de incentivo fiscal do governo do Estado. (LB) 





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