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Cidades/Geral
Sexta - 15 de Janeiro de 2010 às 01:30
Por: Joanice de Deus/Keity Roma

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Termina greve de 4 meses
Termina greve de 4 meses

Os médicos da Saúde municipal de Várzea Grande decidiram encerrar a greve que durou aproximadamente quatro meses na cidade. A decisão foi tomada em assembléia geral realizada na noite de quarta-feira.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed), Luiz Carlos Alvarenga, os profissionais aceitaram a proposta da prefeitura, mas, com alguns adendos. Um deles se refere ao Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) exclusivo à categoria, assim como ocorreu em Cuiabá. “Na proposta isto não foi colocado”, informou.

Outro ponto a ser acrescentado, conforme Alvarenga, é quanto a não retaliação aos profissionais que participaram do movimento grevista, que teve início em setembro do ano passado. “Acreditamos que não haverá problemas”, disse.

Além da implantação do PCCV, a proposta acatada prevê reajuste escalonado do piso salarial, que hoje é de R$ 1.025. Conforme Alvarenga, a administração municipal se comprometeu em conceder aumento de R$ 300 a cada quatro meses.

Com isso, chegar a um piso de R$ 1.900 em maio de 2011. A prefeitura se comprometeu a discutir o PCCV e encaminhá-lo à Câmara Municipal até julho deste ano.

Aos profissionais será ainda concedida uma gratificação no valor de R$ 1.000 ao mês. Além disso, Alvarenga garantiu que a melhoria das condições de trabalho também está contemplada na proposta. “O gestor tem que se adequar a isso”, frisou.

A expectativa do presidente do Sindimed era oficializar à administração municipal as exigências sobre os adendos ainda ontem. Os médicos devem voltar ao atendimento normal no Pronto-Socorro e nas unidades de saúde de Várzea Grande ainda nesta semana.

O superintendente da Fundação da Saúde de Várzea Grande (Fusvag), Jorge Lafetá, afirmou que a greve geral dos anestesistas gerou uma fila de 44 pessoas na espera por cirurgias, 37 delas de ortopedia. A expectativa do gestor é que todas sejam realizadas no prazo de 15 dias com o retorno das atividades na unidade.

A paralisação dos médicos aumentou o caos no Pronto-Socorro de Várzea Grande, que já vinha passando por problemas devido à reforma na unidade de Cuiabá, segundo Lafetá. Segundo o médico, a média de atendimento mensal em Várzea Grande subiu de 17 mil para 24 mil pessoas, sendo grande parte da nova demanda formada por moradores da Capital.

Além dos problemas estruturais, a superlotação aumentou o gasto mensal da unidade em R$ 500 mil. “Comunicamos a situação ao Ministério Público Estadual e a Procuradoria do Município está movendo uma ação para que o Estado aumente o repasse de verbas para Várzea Grande. Isso porque aumentamos o número de atendimentos, mas legalmente a verba continua sendo repassada para Cuiabá”, disse Lafetá.

Ele afirmou que enquanto a Capital recebe R$ 2,5 milhões em repasse da Secretaria de Estado de Saúde (SES), aos cofres da cidade vizinha chegam apenas R$ 426 mil. Como o custo do Pronto-Socorro várzea grandense é de R$ 1,5 milhão ao mês, a prefeitura usa outras verbas obtidas por meio do governo federal.

REFORMA - Lafetá afirmou que R$ 1,2 milhão estão disponíveis na Caixa Econômica Federal para o início de uma reforma no Pronto-Socorro. As obras estariam dependendo apenas do processo licitatório a ser promovido pela Secretaria de Estado de Infra-estrutura (Sinfra). Os recursos são provenientes do governo federal com contrapartida do Estado. A unidade continuará funcionando durante as alterações no prédio, afirmou o superintendente.






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