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Educação/Vestibular
Quinta - 07 de Janeiro de 2010 às 09:04
Por: Maricelle Lima

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Falta um mês para o início das aulas na rede estadual de ensino e já se cogita uma paralisação dos profissionais da área. Caso não haja um entendimento entre o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), possivelmente o ano letivo de 2010 já comece comprometido. Como a data-base da categoria é somente em maio, podem ser cinco meses de indefinições.

O impasse ganhou força quando entrou em vigor, no dia 1º de janeiro, o piso salarial para os professores em todo país de R$ 1.024,67, insuficiente, na visão da classe em Mato Grosso. Somada a isso, está a luta da categoria em todo Estado para que os municípios implantem o Plano de Cargos e Carreiras (PCCS), dentre outras reivindicações.

De acordo com o presidente do Sintep, Gilmar Soares Ferreira, mesmo sem dados precisos, cerca de 70% dos municípios de Mato Grosso não realizaram, através das Câmaras Municipais, as audiências públicas, muito menos encaminharam aos gestores a necessidade de se implantar o PCCS, sendo que a data limite era 31 de dezembro. “O receio é que poucos municípios conseguiram se adequar à determinação, já que não está previsto no orçamento”, disse.

Sobre o piso nacional, Gilmar destacou que hoje o Estado paga R$ 1.050 e que pode chegar até a R$ 1.132 com recursos da educação sem onerar os cofres públicos, com base no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

A data programada para o início do ano letivo, dia 8 de fevereiro, também foi escolhida para a assembléia geral da categoria que, dentre as inúmeras reivindicações, terá o indicativo de greve como um dos principais pontos a ser discutido, caso não se chegue a um denominador comum.

Para a dona-de-casa Suzana Vieira, 39, que tem dois filhos que estudam no Liceu Cuiabano, a expectativa de uma possível greve gera preocupação. Ela lembrou que os adolescentes, um de 14 e outro de 16 anos, ambos no ensino médio, já estão afoitos para o início das aulas e a paralisação pode comprometer toda a sua programação, já que o mais velho irá prestar vestibular no final do ano.

“Não sei o que fazer. Queria muito ter condições financeiras para poder pagar uma escola particular para os meus filhos, e não ter que me preocupar com a greve que, com certeza, irá acontecer, assim como nos outros anos. Quem paga são os alunos que têm todo o conteúdo comprometido”, desabafou.

A reportagem entrou em contato com o secretário de Educação, Ságuas Moraes e Souza, através do número de celular fornecido pela assessoria de imprensa, porém, sem êxito, pois estava somente na caixa de mensagem.






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