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Educação/Vestibular
Segunda - 07 de Dezembro de 2009 às 01:28

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) reconheceu, na noite deste domingo, erros no gabarito das provas. O gabarito publicado no site foi retirado do ar.

Em nota publicada no site, o Inep informa que "foi identificada inconsistência nos gabaritos dos diferentes modelos de prova publicados. Os gabaritos corretos serão publicados o mais breve possível."

Os professores do Sistema COC de Ensino, responsáveis pela correção online que foi ao ar pelo Terra, apontam erros em respostas de questões das provas de Matemática e Linguagens, realizadas neste domingo, e na prova de Ciências Humanas, realizada no sábado.

"Todas essas provas apresentaram problemas que poderiam levar os candidatos ao erro. Há questões que não batem com o gabarito oficial. Não se pode aceitar o gabarito oficial", afirmou o professor Miguel Castro Cerezo, do COC.

O professor disse também que a prova de matemática estava demasiadamente trabalhosa e que o Enem está sendo muito criticado tanto pelos docentes como pelos estudantes, pelo excesso de questões e tamanho exagerado dos enunciados.

"Uma coisa que me chamou a atenção foi a reclamação dos alunos do ensino público. Eles estão se sentindo excluídos pelo tamanho e pelo conteúdo das provas."

O professor frisou também que este é mais um problema enfrentado pelo novo modelo do Enem. "Vai ser muito ruim para a educação brasileira. Isso foi um choque. Em 10 anos de Enem, nunca tivemos tantos problemas. Os estudantes estão descontentes, as abstenções foram altíssimas", completou.

Abstenções batem recorde

O Ministério da Educação (MEC) e o Inep anunciaram no fim da tarde deste domingo que o índice de abstenção, que ficou em torno de 40,6% nos dois dias, foi um recorde de ausência de estudantes.

Segundo o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, o índice de abstenção se deveu principalmente à distância de quase cinco meses entre o período de inscrição e a aplicação das provas. "O adiamento do exame deve ter tido impacto na abstenção. Nos anos anteriores, ela oscilou entre 25 e 30%, mas nunca o período que separa a inscrição da aplicação do exame havia sido tão longo", disse.

Reynaldo Fernandes afirmou ainda que lamenta que, com o adiamento da data das provas, algumas universidades tenham recusado a utilizar a nota do Enem como resultado para o vestibular. "Instituições importantes como USP, Unicamp, Fundação Getúlio Vargas (FGV) e PUC ficaram impossibilitadas de utilizar a nota por força do seu calendário, diminuindo o estímulo dos alunos para fazer a prova".





Fonte: Redação Terra

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