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Educação/Vestibular
Sábado - 05 de Dezembro de 2009 às 18:00

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O tamanho dos enunciados foi a principal dificuldade encontrada no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano, segundo estudantes entrevistados pela Folha Online. De acordo com os alunos, o número de questões e a redução no tempo, aliados a enunciados longos tornaram a prova difícil e cansativa.

Para Thiago Ribeiro Donda, 23, que é formado em Estudos Sociais e agora fará vestibular para Odontologia, a prova foi exaustiva e não tinha condições de avaliar o conhecimento dos estudantes. "Deu tempo de fazer as questões, mas não com propriedade. No final não tinha como ler as questões, as quatro últimas eu nem li, só queria ir embora".

O estudante acredita que a prova de amanhã, que inclui questões de Ciências Exatas e redação, será ainda mais difícil. "Agora você imagina 90 questões hoje, 90 questões amanhã e mais a redação. Você não consegue avaliar o conhecimento do aluno, no máximo vai avaliar a resistência física", disse.

Na opinião de Solange de Oliveira Brandão, 41, que pretende realizar vestibular para Direito, as questões extensas também foram a principal dificuldade durante a realização da prova. Ela, que concluiu o ensino médio em 1983, conta que não estava fazendo cursinho, mas considera que o tamanho do enunciado dos textos trouxeram mais dificuldade do que o conteúdo em si. "Você pode até gostar de ler, mas se você pegar um livro inteiro para ler em um dia só não consegue", reclamou.

A estudante Lucilia Cavalcanti de Araújo, 18, estudante de ensino médio, concorda que a prova foi cansativa, mas afirma que o tempo foi suficiente para responder todas as questões. Ela pretende prestar vestibular para pedagogia no primeiro semestre do ano que vem. Segundo ela, a prova estava relativamente difícil e exigia muita interpretação de texto. "Em três questões que exigiam cálculo você conseguia responder com base no enunciado, usando a interpretação de texto."

Para Rosemari de Oliveira, 48, que pretender fazer faculdade de Tecnologia em Recursos Humanos, o tamanho dos textos e o tempo foram fatores que tornaram a prova difícil, segundo ela, cerca de uma hora e meia antes do final do exame faltavam responder 40 questões. "No final eu só lia a metade. Procurava olhar as respostas e a medida que ia achando necessário ia lendo as perguntas", disse.

Para Robson Fernandes Ferreira, 30, que veio do Tocantins para São Paulo e pretende cursar Farmácia, a prova não estava difícil, apesar dos textos longos. "Deu tempo para fazer tudo. Eram textos muito extensos e isso foi o que dificultou mais a resolução". Segundo ele, a prova mais difícil foi a de Ciências Humanas, que trouxe vários assuntos que não eram esperados.

Ferreira também analisa que a prova estava bastante diferente da que seria aplicada nos dias 3 e 4 de outubro, que foi cancelada devido ao vazamento do conteúdo das questões dias antes do exame. "Deu para ver as mudanças e perder o medo da prova. Talvez amanhã seja melhor", disse.

Organização

Já Paula Costa Siqueira, 19, que concluiu o ensino médio neste ano e agora fará vestibular para Economia e Química, a avaliação da prova do Enem é totalmente negativa. "A prova foi totalmente mal formulada, com textos muito grandes e alternativas confusas", afirmou.

Paula também reclama da organização da prova e conta que os fiscais interromperam várias vezes a aplicação do exame para repassar instruções que poderiam ter sido repassadas no início.

Segundo a estudante, a aplicação da prova começou com 20 minutos de atraso e houve confusão no momento em que os fiscais anunciaram que os estudantes não teriam o tempo reposto no final do exame, previsto para terminar às 17h30. "Depois de muita confusão, no meio da prova, eles disseram que poderíamos responder até às 17h50, mas isso dificultou a concentração e prejudicou", afirmou.





Fonte: Folha Online

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