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Politica Brasil
Quinta - 03 de Dezembro de 2009 às 07:38
Por: Jean Campos

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Um dia após a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar supostas irregularidades na gestão da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), o governador Blairo Maggi (PR) declarou estar de acordo com a investigação e, como prova disso, afirmou que poderia ter barrado a instalação da CPI.

“Se eu não estivesse de acordo com a CPI, teria insistido com a bancada governista. Nós temos força na Assembleia. Fiscalizar também é função do Legislativo”, argumentou Maggi.

A CPI da Unemat foi criada ontem, na Assembleia Legislativa, após o deputado Percival Muniz (PPS) ter apresentado um requerimento com a assinatura dele e de outros sete deputados: Alexandre Cesar (PT), José Domingos Fraga (DEM), Otaviano Pivetta (PDT), Vilma Moreira (PSB), Guilherme Maluf (PSDB), Dilceu Dal Bosco (DEM) e Adalto de Freitas (PMDB), o Daltinho. O número de assinaturas apresentadas foi o mínimo necessário para a instalação da Comissão.

O principal fator que motivou a criação da CPI foi o cancelamento das provas do governo do Estado, no último dia 22, por conta de diversos problemas logísticos - como troca de provas e de gabaritos – da Unemat, contratada pela Secretaria de Administração do Governo (SAD) para elaborar e aplicar as provas. O cancelamento das provas afetou 270 mil pessoas que se inscreveram para concorrer a mais de 10 mil vagas no anunciado “maior concurso da história de Mato Grosso”.

Na avaliação de Blairo Maggi, que manteve a Unemat na organização do concurso e chamou a responsabilidade para o governo, a CPI será a oportunidade de colocar em discussão os critérios utilizados pelo reitor Taisir Karim na administração da Universidade, que possui autonomia absoluta. Segundo o governador, a instituição sofre pressão de grupos políticos.

“No ano de 2003 o orçamento da instituição era de R$ 30 milhões. Em 2009, esse orçamento já estava em R$ 109 milhões e, em 2010, a previsão é de aumentar ainda mais o repasse. A Unemat é uma instituição importante. Se existem problemas na gestão plena, esse é o momento de alertar o governo”, justificou.

Alexandre foi um dos primeiros a assinar o requerimento em virtude de já ter tentando, em outro momento, a abertura de uma investigação na atual gestão da Unemat. Percival Muniz, Otaviano Pivetta e Vilma Moreira estão no grupo de uma terceira coligação que vem se articulando para lançar o ex-republicano Mauro Mendes (PSB) como candidato ao Governo. Já Dilceu Dal Bosco, José Domingos Fraga e Guilherme Malouf são da aliança DEM e PSDB, provável oposição ao pré-candidato Silval Barbosa (PMDB).

CPI em 2010 - O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), afirmou que a data de início e término dos trabalhos da CPI da Unemat só poderá ser estipulada após sua formalização. “Transcorridas 48 horas da apresentação do requerimento, os partidos com maior bancada têm cinco dias para indicar os nomes dos deputados para fazerem parte da Comissão. Se não apresentarem os nomes, o presidente tem mais um prazo para fazer a citação. Isso ainda leva uns dez dias. Cronograma de trabalho, só depois disso”, explicou.

A declaração do deputado Riva leva a crer que os trabalhos da CPI da Unemat podem começar somente em fevereiro de 2010, após o recesso do Legislativo.





Fonte: Diário de Cuiabá

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